Marcos Martins e Sipetrol se unem para normatizar comércio de GLP em Osasco

O vereador Marcos Martins e os integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Minérios e Derivados de Petróleo – Sipetrol organizaram na manhã desta quarta-feira, 5 de novembro, uma reunião para discutir a regulamentação municipal do comércio de GLP, o gás de cozinha.

Além de Marcos Martins e de Joaquim Miranda Sobrinho, secretário-geral do Sipetrol, participaram da reunião os sindicalistas Juvenil Acácio de Souza e Jânio Rodrigues Martins, os representantes da Ultragaz Ademar de Moraes Alves e Antonio Carlos Pereira Basílio, o representante da Agip Liguigás Rafael Fernandes e o da Consigás Paolo Pomaro além de Antonio Ferreira dos Santos, técnico de segurança especializado em investigação de sinistro.

Depois de fazer visitas à várias empresas revendedoras de gás, legais e ilegais, do município, Marcos Martins e Antonio Ferreira detectaram muitas irregularidades como pessoal não treinado no manuseio de extintores, extintores vazios, locais de armazenamento do botijão P13 inadequados entre outras irregularidades extremamente perigosas, tanto para funcionários como para a população. “Vimos lugares onde não existe pessoal treinado para manusear os extintores, que ás vezes estão até vazios. Vimos empresas que não tem plano de abandono e orientação aos vizinhos em caso de acidente. Isso é um perigo para a população. Precisamos normatizar estocagem, manuseio, transporte e outras condições mínimas de segurança”, salientou Antonio Ferreira.

Tanto os sindicalistas como os representantes das empresas foram unânimes ao afirmar que a maior ameaça à segurança do comércio de GLP são os clandestinos, que compram o gás e os revendem em botecos, farmácias e até em casa, sem atender às mínimas condições previstas pela portaria 27 da ANP (Agência Nacional do Petróleo). “Um grande problema é a falta de fiscalização. A prefeitura não tem como apreender os botijões, pois não tem onde armazenar. Só que, com a criação de uma lei municipal, eles serão obrigados a fiscalizar”, salientou Marcos Martins.

Sendo assim, o grupo está reunindo dados para a criação de um projeto de normatização do GLP na cidade de Osasco e para isso chamou as empresas envasadoras e distribuidoras para darem sua contribuição ao projeto, cujo objetivo principal é conscientizar a população sobre como manusear com segurança o GLP. “A intenção é que cada um [sindicato, empresas e legislativo] indique caminhos para que possamos conseguir a conscientização do povo, que é o melhor fiscal e formador de opinião. O povo organizado é a melhor fiscalização”, disse Joaquim Miranda.

Rafael Fernandes sugeriu um programa de orientação nas escolas, com distribuição de cartilhas explicativas para as crianças. Já Paolo recomendou a criação de cursos específicos para revendedores.

Todas as idéias serão reunidas numa carta de princípios e normas que irá subsidiar a criação de um compromisso municipal de comércio de GLP. As idéias serão discutidas no próximo dia 26 de novembro, em uma nova reunião sobre o tema, que terá ainda a participação do Ministério Público e do Corpo de Bombeiros. “Depois de Osasco ter ganhado evidência com a tragédia do Shopping e outras, com esse projeto vamos transformar essa cidade num exemplo a ser seguido no quesito segurança”, concluiu Marcos Martins.