Vereador acompanha paralisação em Alphaville

Às 6 horas da sexta-feira, dia 13, aconteceu mais uma paralisação dos bancários, que contou com o apoio do vereador Marcos Martins. Desta vez foi na unidade Alphaville do Bradesco, que tem cerca de 1200 funcionários. A paralisação foi seguida de assembléia, em que os bancários tomaram conhecimento dos 6% de reajuste proposto pelos banqueiros na quarta rodada de negociação, ocorrida no dia 10. A rejeição à oferta foi unânime e a paralisação se estendeu até as 10h30.

“A reação de rejeitar a proposta de 6% do setor patronal foi muito importante na luta dos bancários. E eles fizeram isso de maneira organizada e pacífica, porém com determinação, mostrando que o movimento alcançou um nível de maturidade que impõe respeito”, salientou o vereador Marcos Martins, um dos fundadores e ex-coordenador da Regional Osasco do Sindicato dos Bancários.

No dia anterior, em paralisação no centro velho de São Paulo, os bancários também deixaram claro que não abrem mão do aumento real este ano. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Claudio Marcolino, “a proposta dos banqueiros, de 6%, sequer repõem a inflação acumulada no último ano, e é uma afronta aos trabalhadores”. Ele ressalta que se até a data -base (1º de setembro) a Federação Nacional dos Bancos não apresentar uma proposta à altura, a categoria poderá deflagrar greve.

Na terça, dia 17, acontece assembléia às 10h no Itaú Ceic (Praça Alfredo Egidio Souza Aranha, estação Conceição do Metrô), onde estão concentrados mais de 7 mil bancários.

Reivindicações

Os bancários de bancos públicos e privados – 400 mil em todo o país – reivindicam reajuste salarial de 25% (6,22% de reposição da inflação mais 17,68% de aumento real), PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) referente a um salário, mais R$1200; 13º em ticket alimentação; 14º salário; garantia de emprego (com regularização da situação dos terceirizados); e ampliação do período de atendimento das agências bancárias, com criação de dois turnos e redução da jornada – o que criaria 161 mil novos empregos. Os trabalhadores reivindicam, também, a ratificação da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho, que proíbe dispensas imotivadas.