CPTM promete acessibilidade nas estações em 18 meses

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) revelou, na manhã desta segunda, 7, durante reunião com o deputado estadual Marcos Martins (PT) e membros do Movimento das Pessoas com Deficiência de Carapicuíba, a entrega de obras para acessibilidade em 12 das 20 estações da linha 8 (Diamante), que liga Itapevi à Julio Prestes, num prazo de 18 meses. As reformulações motivaram requerimento do deputado petista, protocolado em agosto de 2007, cobrando da Companhia as adequações e um prazo para conclusão das reformas. Obras de acessibilidade em Itapevi e Engenheiro Cardoso, segundo a CPTM, já se iniciaram. Sagrado Coração, Jandira, Jardim Silveira, Jardim Belval, Barueri, General Miguel Costa, Quitaúna, Comandante Sampaio e Presidente Altino estão com projetos prontos e reestruturação das estações devem ocorrer no início do próximo ano. A única que a empresa não tem projeto para acessibilidade é para a estação Santa Terezinha. “Todas as estações terão elevadores, banheiros, entre outras adequações para a acessibilidade”, anunciou Renato Penna, Assistente Técnico da CPTM. A acessibilidade atende, além das reivindicações dos portadores de deficiência, o Decreto Federal nº 5.296 de 2004, que estabelece até 2014 que as estações garantam acessibilidade e espaços adequados e livres para população com deficiência. De acordo com dados do IBGE de 2002, cerca de 14,5% habitantes de Carapicuíba tem algum tipo de deficiência. Para Silvio José de Souza Filho, diretor do Movimento das Pessoas com Deficiência de Carapicuíba, enquanto as obras de acessibilidade não estiverem prontas a população com deficiência ainda terá muita dificuldade para usar o transporte público. “Hoje para uma pessoa com deficiência ir trabalhar, por exemplo, tem de sair de casa durante a madrugada para conseguir embarcar de manhã, em horário de pico. Geralmente, aguardamos durante horas um funcionário da empresa para subir e descer com a cadeira de rodas até a plataforma. Além de ser constrangedor, traz perigo ao cadeirante e ao funcionário da CPTM”, reclamou. “A reunião trouxe novos prazos. Ainda é muito longo. Mas acredito que se continuarmos cobrando e pressionando a CPTM e a Secretaria de Transportes Metropolitanos [do Estado de São Paulo] o processo de adequação para acessibilidade das estações sai do papel e termina no tempo estabelecido”, salientou Marcos Martins. “O Metrô está 100% acessível e acreditamos que a CPTM terá de 70% a 80% de acessibilidade nos próximos anos”, revelou Bruno Sendra, diretor da Coordenadoria de Relações Institucionais da Secretaria de Transporte Metropolitanos de São Paulo.