Exposição ao benzeno pode causar diversos tipos de câncer

Crédito: Assessoria/MM

O benzeno é um subproduto do petróleo, do carvão e do gás natural, utilizado como matéria-prima na produção de fenol, anilina, plásticos, gasolina, borracha sintética e tintas, podendo entrar no corpo através da respiração, da pele ou por ingestão. Hoje, os trabalhadores de plataformas de extração de petróleo e funcionários de postos de abastecimento de combustíveis são as categorias mais vulneráveis aos problemas causados pelo benzeno.

O fascículo “Efeitos da Exposição ao Benzeno para a Saúde”, publicação da FUNDACENTRO (do Ministério do Trabalho), aponta o produto com altamente tóxico, principalmente para o sistema formador do sangue, e pode causar câncer. Ainda segundo o documento, seus efeitos surgem rapidamente (efeitos agudos) ou lentamente (efeitos crônicos), de acordo com os níveis de exposição.

Segundo o médico especialista em risco químico e câncer ocupacional, Dr. Danilo Fernandes, não existem níveis seguros de exposição. “Quem estiver em contato com o benzeno ou que inalar seus vapores pode desenvolver alterações na medula, no sangue, nos cromossomos, no sistema imunológico e vários tipos de câncer”, afirma. O benzeno também pode causar danos ao sistema nervoso central e irritação na pele e nas mucosas.

Procurado pelos trabalhadores em postos de combustíveis, vítimas e potenciais vítimas, o deputado estadual Marcos Martins protocolou em março na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Projeto de Lei que proíbe o abastecimento além do nível automático da bomba nos postos de combustíveis. O PL visa evitar que os vapores do benzeno sejam inalados por frentistas, passageiros, proprietários de veículos e de postos de abastecimento.

“A primeira Audiência Pública realizada na Alesp nesta nova legislatura foi justamente sobre os malefícios do benzeno. Este é apenas o primeiro passo em busca da exposição zero. Com a realização desta audiência esperamos que os demais deputados da casa entendam que se trata de uma questão de vida ou morte, e nada pode ser mais importante do que isso”, completou.