Artigo: Combater a exposição ao benzeno é lutar pela saúde do trabalhador

Crédito: Assessoria/MM

Todos que acompanham minha trajetória política sabem que uma das principais bandeiras de meus mandatos, seja como vereador ou deputado, tem sido a defesa da saúde do trabalhador. Travamos grandes batalhas que, em parceria com a ABREA, culminaram no banimento do amianto, e ao lado da Associação dos Expostos e Intoxicados por Mercúrio, na proibição do uso de equipamentos hospitalares contendo o metal pesado no estado de São Paulo.
Agora, me coloco a frente de mais um desafio. Desta vez, contra a exposição dos trabalhadores ao benzeno. Em 2014, companheiros da FENEPOSPETRO, da FEPOSPETRO e do SINPOSPETRO Campinas me procuraram para desenvolver um trabalho pela preservação da saúde dos trabalhadores em postos de abastecimento de combustíveis no estado de São Paulo.
Como não poderia deixar de ser, passei a travar mais esta luta, o que me levou a criar o Projeto de Lei 247/2015, que dispõe sobre a proibição de postos de combustíveis abastecerem os veículos após a trava de segurança da bomba ser acionada. Para discutir a medida, realizei, no primeiro mês da nova legislatura, uma audiência pública com integrantes da sociedade civil, sindicatos, federações, parlamentares, advogados, médicos e técnicos sanitaristas que debateram e expuseram os malefícios do benzeno à saúde e ao meio ambiente.
O benzeno é muito utilizado na indústria química, mas o risco maior aos trabalhadores provém de sua concentração nos combustíveis derivados de petróleo, como no escape de veículos automóveis e na evaporação da gasolina, principalmente em postos de abastecimento. Hoje, diversos órgãos governamentais tratam o produto como uma substância de risco para a saúde mundial.
De acordo com estudos realizados por especialistas, a curto prazo esta exposição pode causar sonolência; tontura; dores de cabeça e nos olhos; irritação das vias respiratórias; chegando até a perda de consciência. Já a exposição a longo prazo pode causar transtornos no sangue, como a redução do número de glóbulos vermelhos e anemia aplástica; além de danos no fígado; no sistema nervoso central e sanguíneo; prejuízo ao sistema reprodutivo e ao feto; e até mesmo o câncer. Por isso, é preciso eliminar de uma vez por todas qualquer tipo de contato com o benzeno, pois não existem níveis seguros de exposição.
Atualmente, quase todos postos de abastecimento têm um sistema de trava automática da bomba para evitar que o benzeno evapore e prejudique a saúde do trabalhador, do motorista e, até mesmo, do meio ambiente. Contudo, é comum que os frentistas, a pedido dos clientes ou dos proprietários dos postos ultrapassem o limite do automático, o que é danoso para todos os envolvidos.
Por isso, vamos continuar lutando para que o Projeto de Lei 247/2015 seja aprovado, em benefício da saúde do trabalhador e do meio ambiente. Através de nossas experiências anteriores, sei que a defesa da saúde do trabalhador e da sociedade de maneira geral nunca foi tarefa fácil e agora não será diferente.
Marcos Martins, deputado estadual (PT)

Todos que acompanham minha trajetória política sabem que uma das principais bandeiras de meus mandatos, seja como vereador ou deputado, tem sido a defesa da saúde do trabalhador. Travamos grandes batalhas que, em parceria com a ABREA, culminaram no banimento do amianto, e ao lado da Associação dos Expostos e Intoxicados por Mercúrio, na proibição do uso de equipamentos hospitalares contendo o metal pesado no estado de São Paulo.

Agora, me coloco a frente de mais um desafio. Desta vez, contra a exposição dos trabalhadores ao benzeno. Em 2014, companheiros da FENEPOSPETRO, da FEPOSPETRO e do SINPOSPETRO Campinas me procuraram para desenvolver um trabalho pela preservação da saúde dos trabalhadores em postos de abastecimento de combustíveis no estado de São Paulo.

Como não poderia deixar de ser, passei a travar mais esta luta, o que me levou a criar o Projeto de Lei 247/2015, que dispõe sobre a proibição de postos de combustíveis abastecerem os veículos após a trava de segurança da bomba ser acionada. Para discutir a medida, realizei, no primeiro mês da nova legislatura, uma audiência pública com integrantes da sociedade civil, sindicatos, federações, parlamentares, advogados, médicos e técnicos sanitaristas que debateram e expuseram os malefícios do benzeno à saúde e ao meio ambiente.

O benzeno é muito utilizado na indústria química, mas o risco maior aos trabalhadores provém de sua concentração nos combustíveis derivados de petróleo, como no escape de veículos automóveis e na evaporação da gasolina, principalmente em postos de abastecimento. Hoje, diversos órgãos governamentais tratam o produto como uma substância de risco para a saúde mundial.

De acordo com estudos realizados por especialistas, a curto prazo esta exposição pode causar sonolência; tontura; dores de cabeça e nos olhos; irritação das vias respiratórias; chegando até a perda de consciência. Já a exposição a longo prazo pode causar transtornos no sangue, como a redução do número de glóbulos vermelhos e anemia aplástica; além de danos no fígado; no sistema nervoso central e sanguíneo; prejuízo ao sistema reprodutivo e ao feto; e até mesmo o câncer. Por isso, é preciso eliminar de uma vez por todas qualquer tipo de contato com o benzeno, pois não existem níveis seguros de exposição.

Atualmente, quase todos postos de abastecimento têm um sistema de trava automática da bomba para evitar que o benzeno evapore e prejudique a saúde do trabalhador, do motorista e, até mesmo, do meio ambiente. Contudo, é comum que os frentistas, a pedido dos clientes ou dos proprietários dos postos ultrapassem o limite do automático, o que é danoso para todos os envolvidos.

Por isso, vamos continuar lutando para que o Projeto de Lei 247/2015 seja aprovado, em benefício da saúde do trabalhador e do meio ambiente. Através de nossas experiências anteriores, sei que a defesa da saúde do trabalhador e da sociedade de maneira geral nunca foi tarefa fácil e agora não será diferente.

Marcos Martins, deputado estadual (PT)