Artigo: Educação paulista vive situação caótica

Crédito: Assessoria/MM

Educação paulista vive situação caótica
Desde o ano passado, convivemos com uma longa sequência de protestos da comunidade escolar, de estudantes, pais e professores organizados, pela apuração de possíveis atos ilícitos; contra o fechamento de salas de aula e escolas inteiras, assim como por melhores condições de estudo, acesso, salário e trabalho.
Mesmo após a substituição de Hermann Voorwald, pelo ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), José Renato Nalini, frente à Secretaria Estadual de Educação, parece que a falta de sensibilidade do governo continua a mesma. Contrariando a decisão da Justiça, diversos casos de fechamento de salas de aula e de escolas foram registrados desde a posse no novo secretário.
Além disso, o cidadão paulista ficou ainda mais atônito a partir das notícias de fraudes e desvio de verbas da merenda escolar da rede pública de ensino. Os escândalos vieram à tona a partir da Operação Alba Branca, que indicou o possível envolvimento de quadros do governo paulista e da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nos desvios.
Com uma bagagem de ações coletivas organizadas, o movimento estudantil, organizações sindicais, a comunidade escolar e a população paulista como um todo retomaram os protestos por melhorias na educação. Em mais de uma oportunidade, durante o mês de março, estudantes ocuparam as galerias da Alesp solicitando que os deputados assinem pedido de instalação de Comissão de Inquérito (CPI) para apurar fraudes na merenda. No dia 30 do mesmo mês, integrantes da torcida de futebol organizada Gaviões da Fiel também solicitaram a investigação e punição dos culpados pelos desvios.
Em paralelo, o reajuste salarial e bônus anual para professores da rede estadual foram suspensos pelo governador. Diante da revolta imediata da categoria, o estado recuou e assegurou o pagamento do bônus. O sindicato dos professores (Apeoesp), por sua vez, organizou uma assembleia estadual para o dia 8 de abril (sexta-feira), cuja pauta principal será uma nova greve contra o desmanche que o governo do estado tem promovido na educação. Na ocasião, a Apeoesp também irá discutir as pautas comuns com a comunidade escolar e estudantes, como o não fechamento de salas de aula e escolas; a instalação da CPI da Merenda e a abertura da negociação salarial digna que recupere as perdas da inflação e que tenha um ganho real no poder do salário.
Marcos Martins, deputado estadual (PT)

Desde o ano passado, convivemos com uma longa sequência de protestos da comunidade escolar, de estudantes, pais e professores organizados, pela apuração de possíveis atos ilícitos; contra o fechamento de salas de aula e escolas inteiras, assim como por melhores condições de estudo, acesso, salário e trabalho.

Mesmo após a substituição de Hermann Voorwald, pelo ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), José Renato Nalini, frente à Secretaria Estadual de Educação, parece que a falta de sensibilidade do governo continua a mesma. Contrariando a decisão da Justiça, diversos casos de fechamento de salas de aula e de escolas foram registrados desde a posse no novo secretário.

Além disso, o cidadão paulista ficou ainda mais atônito a partir das notícias de fraudes e desvio de verbas da merenda escolar da rede pública de ensino. Os escândalos vieram à tona a partir da Operação Alba Branca, que indicou o possível envolvimento de quadros do governo paulista e da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nos desvios.

Com uma bagagem de ações coletivas organizadas, o movimento estudantil, organizações sindicais, a comunidade escolar e a população paulista como um todo retomaram os protestos por melhorias na educação. Em mais de uma oportunidade, durante o mês de março, estudantes ocuparam as galerias da Alesp solicitando que os deputados assinem pedido de instalação de Comissão de Inquérito (CPI) para apurar fraudes na merenda. No dia 30 do mesmo mês, integrantes da torcida de futebol organizada Gaviões da Fiel também solicitaram a investigação e punição dos culpados pelos desvios.

Em paralelo, o reajuste salarial e bônus anual para professores da rede estadual foram suspensos pelo governador. Diante da revolta imediata da categoria, o estado recuou e assegurou o pagamento do bônus. O sindicato dos professores (Apeoesp), por sua vez, organizou uma assembleia estadual para o dia 8 de abril (sexta-feira), cuja pauta principal será uma nova greve contra o desmanche que o governo do estado tem promovido na educação. Na ocasião, a Apeoesp também irá discutir as pautas comuns com a comunidade escolar e estudantes, como o não fechamento de salas de aula e escolas; a instalação da CPI da Merenda e a abertura da negociação salarial digna que recupere as perdas da inflação e que tenha um ganho real no poder do salário.

 

Marcos Martins, deputado estadual (PT)