Ascensão e queda do carnaval de rua paulistano

Crédito: Marco Estrella – Reprodução Prefeitura SP

Ascensão e queda do carnaval de rua paulistano
Apesar do crescente número de foliões nas ruas de São Paulo, a edição de 2017 da maior festa brasileira mostra que existe um movimento para desconstrução da tradicional manifestação popular
Segundo dados da São Paulo Turismo, em 2017, o carnaval de rua da capital paulista recebeu 200% mais turistas do que no ano passado. Além do número crescente de visitantes que optaram pelo carnaval paulistano, muitos moradores da capital têm permanecido na cidade durante as festividades desde 2014, quando a festa passou a ser mais cobiçada.
O sucesso e a adesão da população paulista aos blocos de rua antes, durante e depois do carnaval têm crescido a cada ano, graças ao entendimento da gestão municipal entre 2013 e 2016 de que a festa é popular e gratuita. Mas, em 2017, a prefeitura passou a fazer exigências que não agradaram muito os foliões e os próprios blocos de rua. A restrição de ruas; a delimitação dos espaços; a demarcação de trajetos que, em alguns casos, promovem o conflito entre grupos distintos além de uma limitação mínima de foliões para que os blocos saiam às ruas não tem sido vistos com bons olhos.
Antes do início da folia, o atual prefeito de São Paulo, João Dória Junior já havia demonstrado interesse em promover as festividades em locais fechados, como o Autódromo de Interlagos. A transformação da festa em negócio parece estar dando certo, pelo menos para os empresários, mas pode ser muito ruim para a população e os grupos culturais de menor expressão. Já em 2017, muitos dos blocos foram obrigados a adotar a estrutura dos cordões, que separam o povo do trio elétrico ou carro de som. É comum em outras cidades que os organizadores cubram determinado valor para que foliões possam dançar dentro deste espaço delimitado, enquanto aqueles que não pagam ficam de fora.
Para atender estas e outras novas exigências da Prefeitura Municipal, muitos blocos tiveram que captar recursos através de plataformas de financiamento colaborativo ou passar o chapéu para tentar manter suas atividades. Segundo o deputado estadual Marcos Martins, esta não parece ser uma forma democrática de gestão de uma festa popular. ”É inadmissível que os pequenos blocos sejam marginalizados porque não possuem grande número de seguidores ou recursos financeiros para bancar a estrutura exigida pela prefeitura. Isso é o contrário do que esta festa deveria ser e do modelo que ressuscitou o carnaval de rua paulistano. Querem transformar tudo em negócio”, defende Martins.

Segundo dados da São Paulo Turismo, em 2017, o carnaval de rua da capital paulista recebeu 200% mais turistas do que no ano passado. Além do número crescente de visitantes que optaram pelo carnaval paulistano, muitos moradores da capital têm permanecido na cidade durante as festividades desde 2014, quando a festa passou a ser mais cobiçada.

O sucesso e a adesão da população paulista aos blocos de rua antes, durante e depois do carnaval têm crescido a cada ano, graças ao entendimento da gestão municipal entre 2013 e 2016 de que a festa é popular e gratuita. Mas, em 2017, a prefeitura passou a fazer exigências que não agradaram muito os foliões e os próprios blocos de rua. A restrição de ruas; a delimitação dos espaços; a demarcação de trajetos que, em alguns casos, promovem o conflito entre grupos distintos além de uma limitação mínima de foliões para que os blocos saiam às ruas não tem sido vistos com bons olhos.

Antes do início da folia, o atual prefeito de São Paulo, João Dória Junior já havia demonstrado interesse em promover as festividades em locais fechados, como o Autódromo de Interlagos. A transformação da festa em negócio parece estar dando certo, pelo menos para os empresários, mas pode ser muito ruim para a população e os grupos culturais de menor expressão. Já em 2017, muitos dos blocos foram obrigados a adotar a estrutura dos cordões, que separam o povo do trio elétrico ou carro de som. É comum em outras cidades que os organizadores cubram determinado valor para que foliões possam dançar dentro deste espaço delimitado, enquanto aqueles que não pagam ficam de fora.

Para atender estas e outras novas exigências da Prefeitura Municipal, muitos blocos tiveram que captar recursos através de plataformas de financiamento colaborativo ou passar o chapéu para tentar manter suas atividades. Segundo o deputado estadual Marcos Martins, esta não parece ser uma forma democrática de gestão de uma festa popular. ”É inadmissível que os pequenos blocos sejam marginalizados porque não possuem grande número de seguidores ou recursos financeiros para bancar a estrutura exigida pela prefeitura. Isso é o contrário do que esta festa deveria ser e do modelo que ressuscitou o carnaval de rua paulistano. Querem transformar tudo em negócio”, defende Martins.