A luta em defesa da saúde do trabalhador e contra os malefícios do amianto

Na última semana, o deputado estadual Marcos Martins participou do II Seminário Internacional Brasil sem Amianto e do III Encontro de Familiares e Vítimas do Amianto, grande evento que reforçam a luta pelo combate do amianto, substância cancerígena.

Durante o III Encontro de Familiares e Vítimas do Amianto, Marcos Martins foi homenageado devido os 20 anos que dedicou e ainda dedica no combate ao uso do amianto. “É gratificante saber que, hoje, o combate ao amianto no Brasil esteja tão organizado, com mulheres e homens extremamente qualificados na defesa da vida. São médicos, procuradores, advogados, técnicos, trabalhadores, familiares e parlamentares de todo Brasil e do mundo reunidos em torno dessa luta, que ainda está longe de terminar”, afirmou Martins.

A sequência da luta

Apesar da enorme conquista dos trabalhadores no último ano, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional o artigo 2º da Lei Federal que regulamentava o uso do amianto no país, proibindo definitivamente o uso de qualquer tipo da fibra, ainda há muito a ser feito.

A retirada e destinação correta de tudo que contem amianto é um processo duro que os municípios terão de enfrentar. “Felizmente, existe hoje uma rede de pessoas e organizações extremamente qualificadas”, ponderou Marcos Martins, que é o autor da lei que proíbe o amianto no estado de São Paulo. “Nestes dias de intenso debate sobre o banimento da fibra cancerígena, tivemos outra conquista: a Alesp aprovou o Projeto de Lei 361/2009, que obriga os editais de licitações e contratos de obras públicas a registrarem a necessidade de cumprir a Lei Estadual 12.684, de 2007, de minha autoria, que proíbe o uso do amianto no território paulista. Esperamos agora que o governador sancione o PL e que se torne mais uma ferramenta de combate à fibra cancerígena”, completou.

Marcos Martins travou a luta de combate ao amianto somando seus esforços à Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (ABREA), e seu presidente, Eliezer de Souza; à Dra. Fernanda Giannasi (Rede Ban-Asbestos); à Dra. Marcia Kamei e ao Dr. Luciano Leivas, do Programa Nacional de Banimento do Amianto do Ministério Público do Trabalho (MPT); ao Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e Ambiente de Trabalho (DIESAT), entre outras  entidades, pessoas e grupos.

“Sabemos que nada poderá substituir as vidas ceifadas ou a saúde das pessoas contaminadas, mas esperamos que com a sequência desta luta em nenhum lugar do mundo pessoas continuem se expondo a este risco”, finalizou.