Luta pela regulamentação do comércio de gás em Osasco se intensifica

Na manhã desta quarta-feira, 26 de novembro, o vereador Marcos Martins e o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de São Paulo (Sipetrol), Joaquim Miranda Sobrinho, realizaram mais uma reunião para discutir a regulamentação municipal do comércio de GLP, o gás de cozinha.

A exemplo da primeira reunião, realizada no dia 5 de novembro, o objetivo era o de reunir as empresas envasadoras do produto para discutir os pontos principais para a confecção de um projeto para a regulamentação municipal do comércio de gás bem como programas de conscientização popular à respeito das medidas de segurança no trato com o botijão doméstico.

Além de Marcos Martins e Miranda, estavam presentes à reunião os representantes da Copagaz Gledson Camillo Gonçalves e Maurício dos Santos; da Nacional Gás Butano Valdir Pereira Ramos; da Supergasbras Gilberto Bazan; da Ultragaz, Antonio Carlos Pereira Basílio e Ademar de Moraes Alves além de Antonio Ferreira dos Santos, técnico de segurança especializado em investigação de sinistro. Foram convidados para essa reunião membros do Ministério Público e do Corpo de Bombeiros, porém, não compareceram.

Na reunião, Marcos Martins explicou aos presentes a necessidade da regulamentação do comércio de GLP em Osasco relatando as visitas que fez às várias empresas revendedoras de gás, legais e ilegais, do município. “Nessas visitas foram detectadas muitas irregularidades como pessoal não treinado no manuseio de extintores, extintores vazios, locais de armazenamento do botijão P13 inadequados entre outras irregularidades extremamente perigosas, tanto para funcionários como para a população”, disse.

Os representantes das empresas concordaram que há muito a ser feito para que o comércio de GLP seja satisfatório e seguro, mas que a discussão deve ser ampla. Gilberto Bazan lembrou que muitas pessoas já tentaram regulamentar a venda de GLP, mas esbarraram em interesses sociais. “Há pessoas que acham cômodo comprar gás em qualquer esquina, porque é mais barato”, disse.

“Mas há de se conscientizar, pois essa aparente comodidade pode custar caro”, completou Gledson.

Diante desses entraves à implantação do projeto, Joaquim Miranda sugeriu que as empresas fossem parceiras do sindicato e do legislativo na confecção das cartilhas explicativas, idéia que surgiu na reunião do dia 5 e foi aprovada por todos.
As empresas se prontificaram a estudar o projeto e a participar da confecção da lei de regulamentação, que deve contemplar distribuidores, revendedores, envasadores e até transportadores. Uma nova reunião para avançar nestes pontos já foi marcada para janeiro. Nessa nova reunião, será a vez do sindicato, empresas e vereador ouvirem as sugestões dos bombeiros e do ministério público. “Embora eles não tenham comparecido dessa vez, creio que a reunião de hoje foi um passo importante para firmar intenções. Não imaginamos que um projeto dessa magnitude seja feito do dia para a noite, mas acho que começamos bem”, salientou Marcos Martins. Todas as idéias serão reunidas numa carta de princípios e normas que irá subsidiar a criação de um compromisso municipal de comércio de GLP.