Marcos Martins leva Secretário de Obras ao Jd. Roberto e consegue medidas contra enchentes

Na última segunda-feira, dia 24, o vereador Marcos Martins, vice-presidente da Câmara Municipal, visitou o bairro Jardim Roberto acompanhado do Secretário Municipal de Obras, o engenheiro Antonio Jorge Pereira Lapas, para discutir com a população uma solução para as inundações que desde novembro estão causando muitos prejuízos aos moradores da Avenida Marechal João B.M. de Moraes e adjacências.

O problema começou na administração passada, com a construção da EMEI Cidade das Flores. Com a obra foi feita a canalização de um trecho do córrego que corta todo o Jd. Roberto, separando-o do bairro da Cidade das Flores e desaguando no Ribeirão Carapicuíba, já na divisa com o município vizinho.

Inicialmente não prevista, mal dimensionada e executada de forma irregular, a canalização parcial não dá vazão suficiente às águas, inundando todas as casas às margens do córrego. “No dia 27 de novembro, quando deu uma chuva forte às 9 da noite, começou a transbordar [o córrego] e tive que tirar minha mãe de casa às pressas porque ela entrou em pânico. Depois ficamos até às 2h30 da madrugada tirando a água de dentro de casa”, relata a moradora Tânia Regina de Pádua. Em algumas casas, o prejuízo foi ainda maior, com a queda de muros e cômodos totalmente tomados pela água.

Buscando uma solução emergencial, o vereador Marcos Martins tem acompanhado a questão desde o final do ano passado, com apoio dos moradores, quando manteve várias gestões junto à Prefeitura. Mas só agora, com a nova administração, a solução começou a ser desenhada.

“A gente tem um compromisso de buscar uma solução aqui. E para isso, queremos tratar primeiro da emergência, que é tentar evitar de imediato que a água entre nas casas; e numa segunda etapa, providenciar uma solução definitiva”, destacou o vereador Marcos Martins.

Erro de cálculo e obra irregular

Na reunião desta segunda feira, a convite do vereador, o secretário Antonio Jorge Pereira Lapas visitou pessoalmente o local, acompanhado de assessores e técnicos, e conversou com os cerca de vinte moradores presentes. “Como engenheiro eu acho um absurdo que não tenham calculado corretamente essa bacia [pluvial]”, ressaltou.

Lapas explicou que obras como galerias e canalizações deveriam ser dimensionadas de acordo com o maior volume pluviométrico (medida do volume de chuvas numa determinada região) registrado num período de 100 anos, mas essa regra foi arbitrariamente quebrada na administração passada, que passou a adotar apenas os últimos 25 anos. “Com isso, os problemas estão surgindo em muitos locais”, disse. O engenheiro destacou também que a canalização não foi uma obra contratada pela Prefeitura, e a reparação definitiva poderá ser objeto de uma ação judicial.

Para minimizar o problema, o secretário ressaltou que apesar da dificuldade enfrentada pela administração Emidio neste primeiro momento – como falta de equipamentos e de pessoal para execução dos serviços – assumiria o compromisso de adotar já no dia seguinte uma série de medidas. “De imediato, vamos colocar uma máquina para limpar o córrego desde lá em baixo [no entroncamento com o Ribeirão Carapicuíba]. Trarei uma equipe para limpar todas as bocas de lobo e vamos avaliar a possibilidade da construção de um extravasor para direcionar a água para outro local”, disse. Enquanto isso, será estudada uma solução definitiva que, em último caso, pode vir com a remoção total da canalização mal feita.