Prefeitura e BB tratam sobre retomada de Telecentros

Na segunda-feira, 24, o secretário municipal de Educação Marco Aurélio Rodrigues de Freitas conversou com Paulo Noboru Nishi, coordenador regional do Programa de Inclusão Digital do Banco do Brasil, criado para desenvolver Telecentros Comunitários (salas de informática com acesso à internet) em parceria com prefeituras e entidades. O encontro foi agendado pelo vereador Marcos Martins (PT), vice-presidente da Câmara Municipal, um dos fundadores da regional Osasco do Sindicato dos Bancários.

O tema do encontro foi a continuidade do Programa de Inclusão Digital do BB em Osasco. Na administração anterior, a cidade recebeu um lote de 108 microcomputadores do BB, dos quais 80 foram distribuídos em seis pontos do município, criando quatro telecentros e duas salas de informática em locais indicados pela antiga administração. Os seis pontos, de acordo com o coordenador do programa, foram inaugurados em 2004. Os 28 computadores restantes do lote doado, ainda não estavam sendo usados.

Nishi, que é também delegado sindical do BB estava acompanhado de Hugo Tomé de Aquino, diretor do Sindicato dos Bancários de Osasco e Região e da Fetec – Federação dos Bancários da CUT. Marcos Martins também esteve presente à reunião.

SEGUNDA FASE

Para dar continuidade ao programa em Osasco e partir para a segunda fase, na qual, além de serem instalados novos telecentros, as duas salas de informática existentes também deverão passar a ter acesso à internet, a coordenação do programa solicitou à Secretaria de Educação um mapeamento sobre a localização e o emprego dos 80 computadores encaminhados aos telecentros. “Também precisamos de um levantamento sobre onde estão os 28 micros que ainda não estavam sendo usados, assim teremos controle acerca de qual o contingente com que podemos contar”, explicou Nishi.

O secretário de Educação preocupou-se em saber se o programa poderia ser suspenso caso as máquinas não fossem encontradas. Nishi explicou que o BB apenas precisava saber se a prefeitura estava utilizando os computadores conforme havia sido acertado no contrato de parceria. “Caso contrário, é necessário restabelecer a originalidade da situação. Estamos apenas zelando pela condução do programa”, esclareceu o coordenador, dizendo ainda que caso os computadores não sejam encontrados, o Banco do Brasil deverá abrir uma sindicância para apurar o destino das máquinas.

“É muito importante para Osasco a continuidade deste programa de inclusão digital. O ideal seria levá-lo a novos pontos da cidade e fazer um trabalho bem feito que atenda aos mais necessitados”, complementou Marcos Martins.

PROGRAMA DE INCLUSÃO DIGITAL

O programa de cunho social foi uma solução encontrada pelo BB para reaproveitar os computadores velhos que descartava quando atualizava sua rede. “Antes o banco doava [os computadores], e grande parte das máquinas era sucateada e vendida a preço de banana. Então começamos a destinar os micros velhos para o social, e criamos o Programa de Inclusão Digital, que é um braço do Fome Zero”, explicou Nishi, referindo-se às políticas de combate à fome do governo Lula.

O programa fechou contrato com o Senai, e a partir deste ano, de acordo com Nishi, oferecerá curso para pessoas indicadas pelas prefeituras ou entidades que abrigam telecentros. Duas pessoas de cada telecentro serão encaminhadas ao curso, e posteriormente irão trabalhar para o Programa. O Senai oferecerá os seguintes módulos: Voluntariado e Cidadania, Gestão de Telecentro, Software Livre e Manutenção de Equipamento. “Queremos dar boas condições para que cada telecentro tenha sua autogestão”, comentou Nishi.