Terreno abandonado causa problemas no Jaguaribe

Um terreno particular localizado na Rua Capistrano de Abreu, no Jaguaribe, tem sido motivo de desgosto para seus vizinhos. O local não é cuidado pelo proprietário, que já recebeu diversas multas por falta de muro e passeio. O esgoto de algumas casas vizinhas é despejado em um córrego que fica na área. Recentemente descarregaram terra e entulho sobre o córrego, que ficou obstruído e o esgoto começou a retornar para as casas. Embora o esgoto seja a céu aberto, grande parte dos moradores ainda paga a taxa sobre o serviço. Alguns deles cessaram o pagamento há cerca de dois meses.

O abandono do terreno, o mato crescido, o entulho e o lixo ali depositados fazem com que o local seja foco de mosquitos Aedes aegypti (dengue), escorpiões, aranhas, ratos e cobras. Uma viela ao lado do terreno, que liga a Capistrano de Abreu à Rua Santo Roverso precisa de iluminação. Desde que ela foi inaugurada, há cerca de 15 anos, a prefeitura prometeu a iluminação e nunca cumpriu. Segundo os moradores houve duas tentativas de estupro no local.

No dia 6 de abril o vereador Marcos Martins (PT) esteve no bairro e realizou uma reunião com dezenas de moradores, para a qual levou o diretor de obras públicas Waldir Ribeiro Filho, o diretor do departamento de Saúde Pública, Luiz Fernando de Aguiar Figueiredo e agentes dos departamentos de Zoonozes, Dengue e Vigilância Sanitária.

A esperança dos moradores é que o acúmulo de multas e impostos possibilite que a prefeitura declare o terreno como área de utilidade pública e o desaproprie para transformá-lo num parque ou praça, mas o vereador explicou aos moradores que para isto é preciso que a administração tenha recursos para a compra da área. Marcos Martins dispôs-se a fazer um levantamento do montante de multas. Há cerca de 10 anos ele acompanha a luta destes moradores, período em que participou de diversas reuniões e fez muitas cobranças às administrações anteriores, por meio de requerimentos e encaminhamento de abaixo-assinado dos moradores.

Durante a reunião ficou acertado que a vigilância sanitária faria desratização e desinsetização do terreno no dia seguinte, e que após o período de ação dos venenos, a Secretaria de Obras roçaria o mato, faria a retirada dos entulhos e a limpeza do córrego. O proprietário da área poderá ser intimado para cuidar melhor do terreno e autuado pela reincidência. A secretaria de obras também se comprometeu em solicitar à Eletropaulo iluminação para a viela e à Sabesp que direcione o ramal de esgotos das residências que despejam no terreno, para a rede pública canalizada.