Audiência Pública debate ‘Pedágio Não’

Na próxima segunda-feira, dia 1 de junho, às 14 horas, acontecerá a Audiência Pública “Pedágio Não”. O debate será no auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Inciativa dos deputados estaduais Marcos Martins, Rui Falcão e Carlos Gianazzi, a Audiência coloca em pauta a discussão sobre os pedágios nas rodovias paulistas, que tem sido um dos grandes entraves para o progresso de São Paulo.

Segundo a Artesp, hoje, o estado conta com 163 praças, que cobram, aproximadamente, R$ 5,76 por eixo nos veículos de carga. O pedagiamento excessivo onera viagens, tanto de pessoas, como de serviços e transportes de cargas.

Os deputados querem debater a questão mais uma vez, participando a população e fortalecendo a luta contra os pedágios.

“A população é a maior afetada pelo número absurdo de pedágios. É o consumidor final que tem pago essa alta conta imposta pelo governo do estado e queremos reverter isso. Rever a questão e colocá-la em debate aberto a todos os paulistas é um passo fundamental para solucionar o problema”, explica o deputado Marcos Martins, que coordena na Assembleia a Frente Parlamentar criada para discutir o tema.

Junto à Frente Parlamentar, atua nas ações contra o pedagiamento, o Movimento Rodoanel Livre, que surgiu logo após a privatização do Rodoanel Mário Covas. O movimento reúne lideranças comunitárias, políticas, sindicais, empresariais, entre outras. Através de suas ações, o Movimento Rodoanel Livre tem o objetivo de mobilizar a sociedade.

>>> Pedágios mais caros do Brasil

O Estado de São Paulo cobra hoje os pedágios mais caros do Brasil. Numa viagem de ida e volta da capital a São José do Rio Preto, por exemplo, o motorista deixa nos pedágios paulistas R$ 114,00. É isso que acontece no Estado. Além de muito caro, há muitos postos de pedágio.

Somente no Rodoanel Oeste, com 32 quilômetros de extensão, são 13 praças, e ainda há previsão de instalar mais 61 postos em todo o Estado, por conta das últimas concessões feitas por Serra. Por isso, os gastos com pedágio, na maioria dos casos, ultrapassam o valor do IPVA ou até mesmo o seguro do veículo.

Um dos abusos mais gritantes fica no trecho da Rodovia Anhanguera, onde o pedágio segregou vários bairros da região, como a Chácara Maria Trindade, ou seja, os moradores são obrigados a pagar pedágio para circularem em seus bairros.

>>> Quem não trafega, também paga

Mesmo quem não trafega pelas rodovias pedagiadas está pagando a conta. Passam por rodovias 93% do transporte de carga do Estado. Um caminhão de seis eixos, que vai de São José do Rio Preto à Capital, deixa nos pedágios R$ 684,00.

Esse valor é embutido no preço das mercadorias que toda a população consome. Da mesma forma, quando se utiliza transporte intermunicipal metropolitano ou rodoviário, em que os ônibus pagam pedágio, o consumidor também está pagando essa conta.