População realiza protesto contra pedágios e para a Castello Branco

Sindicatos de trabalhadores da região oeste de São Paulo e deputado estadual Marcos Martins (PT) protagonizaram um protesto contra o recém lançado sistema de pedagiamento do governo do estado na rodovia Castello Branco. Segundo o deputado Marcos Martins, esta foi a manifestação de maior representação desde que a luta contra os pedágios começou. Cerca de 300 pessoas se posicionaram contrárias à instalação das novas praças de pedágio dos km 18, sentido capital, e km 21 sentido interior e o fechamento do acesso livre ao Rodoanel Mario Covas. Além do deputado outros parlamentares marcaram presença. O intuito do protesto é denunciar os prejuízos causados pelas novas praças ao bolso do usuário e também para as cidades usadas como escape dos motoristas que fogem das tarifas, como é o caso de Osasco, citada pelo deputado Marcos Martins. “O tráfego no município de Osasco, por exemplo, praticamente dobrou. Motoristas cortam a cidade para fugirem dos pedágios, o que causa entre outros danos, prejuízos à malha viária, poluição, aumento de números de acidentes. É um verdadeiro absurdo”, destaca. Em razão dos prejuízos que foram mencionados pelo deputado, o prefeito de Osasco Emidio de Souza promoveu uma ação judicial atrasou a cobrança na Castello Branco. Com a implantação dos novos pedágios, a CCR (empresa que administra a rodovia) fechou o acesso livre ao Rodoanel, obrigando os motoristas a passarem pelo pedágio para utilizar o novo acesso. Desta forma, o usuário paga R$ 2,80 no pedágio da Castello Branco para seguir cerca de 500 metros até a saída para o Rodoanel, onde paga mais pedágio R$ 1,30, totalizando R$ 4,10. O aumento da tarifa ultrapassou os 200%, de acordo com sindicatos. João Batista, um dos diretores do Sintratecor, sindicado de transporte de cargas de Osasco e região, destacou que a entidade não recebeu nenhuma notificação de audiência pública que, segundo alega o presidente da Via Oeste, Braz Cioffi, já aconteceu. Para o sindicalista, a companhia em nenhum momento tentou democratizar o tema. “Além de todos os transtornos, os novos acessos ao Rodoanel ficaram perigosos para os motoristas, o que aumenta o risco de acidentes. E em nenhum momento fomos consultados”, salienta João Batista. “A atitude do governo do estado, em conjunto com a concessionária tem piorado a vida da população desde o orçamento familiar até o dia a dia das cidades que sofrem com a fuga dos motoristas”, avalia Marcos Martins. O parlamentar estuda enviar uma representação ao Ministério Público contra o fechamento do acesso livre ao Rodoanel, executado pelo governo do estado.