Um ano novo com velhas práticas
Desde do dia 1º de janeiro, quando tomou posse para o seu terceiro mandato de governador, Geraldo Alckmin, como lhe é peculiar, tratou logo de promover uma série de atos que estão mais para factóides do que para ações concretas.
Primeiro saiu dizendo que vai cortar R$ 1,5 bilhão do orçamento. Depois disse que vai rever os contratos da gestão anterior (acho que ele não confiava no antecessor, que é do seu partido!). Nesse bojo está a revisão dos contratos com as concessionárias que inundaram as rodovias de pedágios. Agora ele não sabe se a revisão vai aumentar ou reduzir a tarifa. Um brincalhão!
Anuncia ainda que vai quitar R$ 2,4 bilhões de precatórios e que pretende construir 46 presídios (o seu parceiro de partido construiu apenas 2). Estuda acabar com a progressão continuada na rede pública de ensino (criada por ele), valorizar o professor, ampliar a construção de rodovias e concluir o Rodoanel. Ufa!
Todos esses assuntos, entre outros, reverberaram na grande e velha mídia. O irônico é que o mesmo não aconteceu – a pedido de Alckmin -, com aprovação, na madrugada do dia 22 de dezembro, do PLC 45/2010 que privatizou 25% dos leitos da saúde pública, um tema importante para a vida do paulista.
A bancada do PT terá seu time reforçado no próximo dia 15 de março com 25 deputados, a maior da Assembleia Legislativa. Vamos observar com cuidado e com desconfiança as manifestações do governador. É louvável que ele comece a trabalhar pensando no melhor para o estado. Mas não queremos ver nesse ano novo (e vamos combater) as velhas práticas desse (des)governo tucano que tenta ludibriar o povo.