Marcos Martins apresenta PEC para tratamento intensivo de dependentes químicos
O deputado estadual Marcos Martins, protocolou na quarta-feira, 22, na semana que antecede o Dia Mundial de Combate às Drogas (26/06), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a Proposta de Emenda Constitucional estadual (PEC) 09/2011, de sua autoria, que dá nova redação ao artigo 230. O objetivo do parlamentar visa atender aos anseios da população que depende de unidades terapêuticas para oferecer internação aos familiares dependentes químicos, resguardando o direito de livre adesão. A ideia é avançar com as questões que envolvem o combate às drogas, caminhando em direção aos programas de saúde das gestões estadual e federal. Em sua justificativa no texto, o deputado argumenta que a integração entre as formas de tratamento é fundamental e que a internação é um dos mecanismos pelo qual é possível afastar o usuário da oferta das drogas. Além da colocação, Marcos Martins aponta que a recuperação do dependente químico envolve a família e a sociedade (tratamento, recuperação e reinserção social, apoiada técnica e financeiramente), mas que em ambas é notada o despreparo em relação ao assunto, principalmente quanto à questão financeira, já que a maioria das famílias não possuem recursos para oferecer aos entes um tratamento clínico adequado. O parlamentar, que também é presidente da Comissão de Saúde da Alesp, recobrou que durante sabatina presidida por ele na Alesp, no dia 7 de junho, o secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Cerri, revelou que uma das principais propostas de sua gestão é o combate às drogas pautada na prevenção, através de parceria com a Secretaria da Educação. Cerri antecipou, ainda, a criação de unidades regionais para o atendimento à dependentes químicos. Marcos Martins, que também recebeu na Comissão o secretário de Atenção à Saúde do Ministério, Helvécio Miranda Magalhães, no dia 21, disse que na ocasião o secretário elencou o combate às drogas como prioridade no planejamento do Ministério da Saúde e que uma das ações será a ampliação da rede e sua preparação para o recebimento do usuário em qualquer ponto, seja nas unidades básicas, no Samu, no pronto-socorro geral ou no hospital psiquiátrico ou no Caps. Para Marcos Martins, este é um assunto relevante diante às transformações sociais do Brasil. É mais do que necessário que organizemos um arcabouço de ações para articularmos este enfrentamento. E esta luta não acontece em uma única frente. Nela precisam haver parcerias que contemplem a sociedade e possam oferecer apoio aos que necessitam, apontou. Marcos Martins também lembrou que o uso das drogas tem tirado da sociedade número elevado de pessoas e que a cada dia novas drogas são disponibilizadas, como o crack e o oxi, que já tornaram dependentes mais de 600 mil no Brasil. Existe o mercado da dependência e é contra ele que devemos lutar. A imprensa tem pautado cotidianamente o aparecimento de novas químicas, cujo tempo de endução ao vício é menor, alertou.