Governo cortou 30% dos investimentos na CPTM em 2011

Crédito: Assessoria de Imprensa / CPTM

No início da manhã desta quinta 16/2, os trens da CPTM apresentaram mais um problema. Desta vez o setor comprometido foi a Linha Turquesa que ligam as linhas Brás e Rio Grande da Serra, que circularam em velocidade reduzida. A freqüência dos problemas são reflexos da falta de investimentos.

Dados oficiais coletados pela Bancada do PT na Assembleia, do Sistema de Acompanhamento do Orçamento do Estado, apontam que somente em 2011, deixaram de ser aplicados R$ 242 milhões, ou seja, 31,4% menos que no ano anterior. Em 2010, foram gastos  R$ 770 milhões, já em 2011, o governou aplicou R$521 milhões, ou seja R$ 242 milhões a menos.

Já para 2012, o orçamento sinaliza nova queda, pois em 2011, foram previstos investimentos de  R$1,14 bilhão, para R$ 1,04 bilhão em 2012, ou seja, um corte de R$ 100 milhões.

Os cortes nos investimentos em 2011 do governador Geraldo Alckmin atingiram também a compra de trens – CPTM e Metrô. As compras sofreram queda de 56% em relação a 2010. Os valores gastos caíram de R$ 684 milhões para apenas R$ 260 milhões.

O próprio diretor de Planejamento da CPTM, Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, em entrevista à imprensa admitiu que toda a rede aérea de energia precisa ser renovada para aumentar a eficiência do sistema e enquanto isso não ocorrer as falhas continuarão.

Balanço 2008/2011 indica queda nos investimentos

Levantamento no SIGEO – Sistema de Acompanhamento da Execução do Orçamento, mostra que entre 2008 e 2011 praticamente todas as linhas da Companhia tiveram cortes entre o que foi previsto no Orçamento do Estado e o que foi efetivamente pago às empresas contratadas responsáveis pelas obras e serviços.

Para a implantação da Integração Centro, o gasto previsto no período era de R$ 98,9 milhões, mas o que efetivamente o governo tucano pagou foi R$ 44,9 milhões, ou seja, menos 54,5%.

A queda nos investimentos também foi bastante significativa na Linhas 7 – Luz-Jundiaí (-52,3%, o que corresponde a – R$ 415 milhões); Linha 8 – Júlio Prestes-Amador Bueno (-19,3%, – R$ 101 milhões); Linha 11 – Luz-Estudantes (-34,8%, – R$ 229,6 milhões); Linha 12 – Brás-Calmon (-53,1%, -R$ 353,4 milhões).

Fonte: Assessoria de Comunicação / Liderança do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo