Internação em Bauru está na UTI

Crédito: Divulgação

De acordo com Fernando Monti, o problema é da Central de Regularização de Vagas de Internação, gerenciada pelo governo estadual. O resumo é o seguinte: a internação, quando não ocorre por superlotação do hospital, demora por conta da ineficiência do sistema.
“Assim, nosso PS acaba lotado e tendo que prestar o auxílio que deveria ser dado por uma Unidade Hospitalar”.
E o problema se torna um círculo vicioso: sem ter para onde mandar os pacientes, os leitos  do PS (que já estão defasados) ficam lotados. O BOM DIA, aproveitando a ausência de vigias (ver página 4), verificou que diversos pacientes aguardavam em macas pelos corredores do Pronto-Socorro.
Jogo de empurra/ O BOM DIA realizou alguns questionamentos à Secretaria Estadual de Saúde, que se limitou a responder que as duas pacientes mostradas no início dessa matéria não estavam com internação solicitada no sistema. Porém, o PS informou que, no dia 18, assim que Aristidia entrou no serviço de urgência, foi realizado o pedido de internação.
Segundo uma enfermeira, na lista de transferências para o Hospital Estadual enviada hoje, o nome da paciente constava como “em espera”. Na mesma lista, outras seis pessoas tiveram o pedido negado, e continuarão no PS.
Desesperados, familiares entram na Justiça
“Dá agonia de vê-la nesse estado e  ninguém fazer nada, eu precisava tomar uma atitude”, afirma Lourdes Barbosa, 65, que procurou a Defensoria Pública ontem pedindo uma ação judicial para garantir a internação de sua irmã de 83 anos, que deu entrada no Pronto Socorro há seis dias.
Ela se juntou aos outros 56 bauruenses que entraram na Justiça do dia 1º até ontem 22 deste mês para garantir o atendimento na Saúde, seja para compra de remédios, consulta ou internação.
“A maior parte dos mandados de segurança impetrados por nós são relacionados   à área da Saúde”, afirma o defensor público Daniel Guimarães.
Somente em abril, foram 59 mandados de segurança para atender à demandas do setor.
Para ter auxílio da defensoria para pedidos específicos de internação, é indicado  levar o prontuário médico do paciente e a solicitação de internação expedida por um profissional da saúde. Além disso, é necessário cumprir o  pré-requisito padrão de levar documentos de identificação e comprovante de renda, que não pode ser superior a três salários mínimos.
Caso o paciente não tenha os documentos médicos, a procuradoria oficia o pedido junto ao sistema de Saúde.
Os casos com atenção prioritária são os de urgência, aqueles em que há demora na resposta do sistema de saúde.
A assessoria de imprensa da prefeitura ressalta que todos os pacientes que não conseguem internação continuam com atendimento pelo PS Central.
O pedido de internação é feito durante o  atendimento médico e conforme exame clínico, e é realizado por um sistema na internet para Central de Regulação de Vaga, do Governo Estadual.
Audiência termina com  críticas     ao Hospital de Base
Na audiência pública realizada ontem pela visita do deputado estadual Marcos Martins (PT) a Bauru, sobraram críticas para o Governo Estadual, que não pôde se defender por conta da  ausência de representantes.
Os vereadores Fabiano Mariano (PDT) e Roque Ferreira (PT)  reclamaram que nenhum membro da Secretaria Estadual de Saúde em encontro realizado na Câmara em meados de maio e da sonegação de informações.
A mesma crítica foi feita por Williana Oja, coordenadora do Conselho Municipal de Saúde. Ela diz que a Diretoria Regional de Saúde ainda não respondeu ao pedido feito no início do ano questionando se a Maternidade Santa Isabel continuaria com atendimento de “portas abertas”.
Mas o principal alvo foi o Hospital de Base. Com dívida estimada em R$ 150 milhões e denúncias de desvios de verbas, que resultou até em Operação da Polícia Federal em 2009.
“O Governo Estadual deveria ter fiscalizado o Hospital de Base com mais rigor”, criticou Raquel Alves, da OAB.
Além disso, os presentes na audiência alertaram sobre o descaso que o Hospital vêm sofrendo, com falta de recursos e o risco de fechar. ”O Hospital de Base está morrendo por descaso deliberado do poder público”, afirmou Fabiano Mariano.
Hospital de Base tem espaço para mais leitos
Além de encontrarem 58 leitos livres, a comissão que vistoriou ontem o Hospital encontrou quartos usados como depósito de equipamentos, que poderiam  virar  mais leitos
56
Bauruenses entraram na Justiça pela saúde no mês de junho

 

Fonte: Bom Dia

De acordo com Fernando Monti, o problema é da Central de Regularização de Vagas de Internação, gerenciada pelo governo estadual. O resumo é o seguinte: a internação, quando não ocorre por superlotação do hospital, demora por conta da ineficiência do sistema.

“Assim, nosso PS acaba lotado e tendo que prestar o auxílio que deveria ser dado por uma Unidade Hospitalar”.

E o problema se torna um círculo vicioso: sem ter para onde mandar os pacientes, os leitos  do PS (que já estão defasados) ficam lotados. O BOM DIA, aproveitando a ausência de vigias (ver página 4), verificou que diversos pacientes aguardavam em macas pelos corredores do Pronto-Socorro.

Jogo de empurra/ O BOM DIA realizou alguns questionamentos à Secretaria Estadual de Saúde, que se limitou a responder que as duas pacientes mostradas no início dessa matéria não estavam com internação solicitada no sistema. Porém, o PS informou que, no dia 18, assim que Aristidia entrou no serviço de urgência, foi realizado o pedido de internação.

Segundo uma enfermeira, na lista de transferências para o Hospital Estadual enviada hoje, o nome da paciente constava como “em espera”. Na mesma lista, outras seis pessoas tiveram o pedido negado, e continuarão no PS.

Desesperados, familiares entram na Justiça

“Dá agonia de vê-la nesse estado e  ninguém fazer nada, eu precisava tomar uma atitude”, afirma Lourdes Barbosa, 65, que procurou a Defensoria Pública ontem pedindo uma ação judicial para garantir a internação de sua irmã de 83 anos, que deu entrada no Pronto Socorro há seis dias.

Ela se juntou aos outros 56 bauruenses que entraram na Justiça do dia 1º até ontem 22 deste mês para garantir o atendimento na Saúde, seja para compra de remédios, consulta ou internação.

“A maior parte dos mandados de segurança impetrados por nós são relacionados   à área da Saúde”, afirma o defensor público Daniel Guimarães.

Somente em abril, foram 59 mandados de segurança para atender à demandas do setor.

Para ter auxílio da defensoria para pedidos específicos de internação, é indicado  levar o prontuário médico do paciente e a solicitação de internação expedida por um profissional da saúde. Além disso, é necessário cumprir o  pré-requisito padrão de levar documentos de identificação e comprovante de renda, que não pode ser superior a três salários mínimos.

Caso o paciente não tenha os documentos médicos, a procuradoria oficia o pedido junto ao sistema de Saúde.

Os casos com atenção prioritária são os de urgência, aqueles em que há demora na resposta do sistema de saúde.

A assessoria de imprensa da prefeitura ressalta que todos os pacientes que não conseguem internação continuam com atendimento pelo PS Central.

O pedido de internação é feito durante o  atendimento médico e conforme exame clínico, e é realizado por um sistema na internet para Central de Regulação de Vaga, do Governo Estadual.

Audiência termina com  críticas ao Hospital de Base

Na audiência pública realizada ontem pela visita do deputado estadual Marcos Martins (PT) a Bauru, sobraram críticas para o Governo Estadual, que não pôde se defender por conta da  ausência de representantes.

Os vereadores Fabiano Mariano (PDT) e Roque Ferreira (PT)  reclamaram que nenhum membro da Secretaria Estadual de Saúde em encontro realizado na Câmara em meados de maio e da sonegação de informações.

A mesma crítica foi feita por Williana Oja, coordenadora do Conselho Municipal de Saúde. Ela diz que a Diretoria Regional de Saúde ainda não respondeu ao pedido feito no início do ano questionando se a Maternidade Santa Isabel continuaria com atendimento de “portas abertas”.

Mas o principal alvo foi o Hospital de Base. Com dívida estimada em R$ 150 milhões e denúncias de desvios de verbas, que resultou até em Operação da Polícia Federal em 2009.

“O Governo Estadual deveria ter fiscalizado o Hospital de Base com mais rigor”, criticou Raquel Alves, da OAB.

Além disso, os presentes na audiência alertaram sobre o descaso que o Hospital vêm sofrendo, com falta de recursos e o risco de fechar. ”O Hospital de Base está morrendo por descaso deliberado do poder público”, afirmou Fabiano Mariano.

Hospital de Base tem espaço para mais leitos

Além de encontrarem 58 leitos livres, a comissão que vistoriou ontem o Hospital encontrou quartos usados como depósito de equipamentos, que poderiam  virar  mais leitos.

Bauruenses entraram na Justiça pela saúde no mês de junho

Por Cristiano Pavini