SP lidera mortes em assaltos envolvendo bancos

São Paulo continua sendo o Estado onde as mortes em decorrência de assaltos envolvendo bancos mais ocorre – seis, dos 27 assassinatos cometidos no país, o que corresponde a 22% do total. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes) e a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). As mortes em decorrência desse latrocínio aumentaram 17,4% no Brasil no primeiro semestre de 2012 na comparação com o mesmo período do ano passado.

As entidades e o Sindicato dos Bancários afirmam que parte dessa violência decorre da ausência de portas com detectores de metais em várias agências. Segundo as entidades, de 2010 para 2011 também houve um aumento no número de assaltos a bancos, coincidindo com a retirada desses equipamentos.

Segundo Juvândia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, uma pesquisa feita junto à categoria mostrou que 84% dos funcionários de bancos são favoráveis à presença de portas detectoras de metais nas agências.

Serra vetou projeto de portas de segurança

O deputado do PT, Marcos Martins, é autor de lei, aprovada em 2008 pela Assembleia Legislativa, que obriga a instalação de portas de segurança em todas as agências bancárias do Estado de São Paulo.

No entanto, o governador na época, José Serra, vetou na totalidade o projeto de lei 1.281/07.

A instalação das portas de segurança nas agências bancárias é resultado de uma luta histórica dos bancários.

Dois itens de segurança são obrigatórios nos estabelecimentos bancários: os alarmes e a presença de vigilantes. Um terceiro fica a critério da instituição, seja instalando portas giratórias, câmeras, entre outros.

A saidinha foi justamente a principal ocorrência registrada pelo levantamento realizado pela Contraf e pela CNTV. Foram 14 mortes em todo o país. A maioria das vítimas de ocorrências nos bancos foram clientes (15 casos, a maior em saidinha de banco). A gerente Vanda (nome fictício), de 35 anos, ficou trancada em um cofre, dia 10, em um assalto na agência no Brás. “Precisamos de toda segurança”.

Com informações do Diário de São Paulo e PT Alesp