Tucanos nunca pagaram Samu no Estado

Crédito: Daniele Lopes / Portal Linha Direta

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) foi criado em 2004 como parte da Política Nacional de Atenção a Urgências que tem ajudado na redução do número de óbitos, do tempo de internação em hospitais e das sequelas decorrentes da falta de socorro.
A União tem responsabilidade em arcar com 50% dos custos do serviço. A outra metade deveria ser dividida entre Estado e município, mas os governos tucanos, tanto de Alckmin quanto de Serra, não custeiam a parte que corresponde ao governo estadual desde que o SAMU foi criado em São Paulo. O financiado do serviço é feito exclusivamente pela União e pelos municípios.
Para o deputado estadual e membro efetivo da Comissão de Saúde da Alesp, Marcos Martins, o governo do Estado novamente mostra o seu desgoverno e deixa de colaborar com os municípios. “Nosso grande problema hoje é a postura do Estado de São Paulo e sua negligência no cofinanciamento da prestação do serviço. São Paulo é um dos únicos, senão o único, a não contribuir com sua parcela, mesmo com sua larga arrecadação e superávits na receita”, aponta o deputado.
Ele ressaltou que a Bancada dos deputados petistas já realizou denúncias sobre o assunto, inclusive através da Comissão de Saúde, que, apesar dos pedidos de comparecimento, não recebeu a visita do secretário de Saúde, Giovanni Guido Cerri, para prestar esclarecimentos. “A Comissão de Saúde tem fiscalizado e cobrado permanentemente o governo do Estado, não só em relação ao Samu, mas também em virtude da inadimplência do Executivo com a saúde paulista, exemplificadas nas questões das Unidades de Pronto Atendimento (UPA`s) e do Instituto de Assistência Médica do Servidor do Estado de São Paulo (Iamspe), que também funcionam através do cofinanciamento e não contam com a participação do Estado”.
“Temos um grande desafio à frente que é incluir o assunto na agenda do governo estadual, cada vez mais incipiente nessa área. Um serviço de tamanha importância para o salvamento de vidas jamais poderia ser desprezado por quem tem a obrigação constitucional de zelar pela saúde do cidadão. O povo precisa de mais política pública na saúde”, finalizou Martins.
O jornal O Estado de São Paulo trouxe nessa segunda-feira (14) uma reportagem sobre o descaso. A publicação apontou que recentemente, a Secretaria de Segurança Pública do Estado proibiu a Polícia Militar de socorrer vítimas de disparos de arma de fogo e determinou que apenas profissionais do SAMU devem prestar o socorro, mesmo sem repassar qualquer valor ao serviço e deixando os municípios com total responsabilidade no atendimento móvel.
A promessa de sobrecarga nos serviços das ambulâncias do Samu levou o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems) a reivindicar a contribuição do governo paulista no cofinanciamento dos serviços. “Essa omissão acaba causando problemas para as finanças municipais e para os serviços de saúde das cidades”, afirma ao Estadão o presidente do Cosems, Arthur Chioro. Ele também é secretário de Saúde de São Bernardo do Campo.
No ano passado, o governo federal repassou R$ 94,3 milhões para São Paulo. Uma quantia semelhante deveria ser compartilhada entre municípios e Estado, mas o dinheiro saiu só dos cofres das cidades. Segundo o Cosems, apenas 78% da população paulista é coberta pelo Samu. “Se houvesse cooperação de São Paulo, o serviço poderia chegar a 100%”, disse.
Samu
O Samu tornou-se um dos principais equipamentos de saúde em todo o Brasil, atendendo o usuário na residência, na via pública e no local de trabalho. Atualmente, o serviço está presente em todos os estados brasileiros com 159 Centrais de Regulação Médica que abrangem 1.627 municípios. Aproximadamente 112 milhões de pessoas podem contar com o Samu. Voltando, principalmente, às vítimas de atropelamentos, dor súbita no peito e queimaduras.
Com informação do jornal O Estado de S. Paulo

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) foi criado em 2004 como parte da Política Nacional de Atenção a Urgências que tem ajudado na redução do número de óbitos, do tempo de internação em hospitais e das sequelas decorrentes da falta de socorro.

A União tem responsabilidade em arcar com 50% dos custos do serviço. A outra metade deveria ser dividida entre Estado e município, mas os governos tucanos, tanto de Alckmin quanto de Serra, não custeiam a parte que corresponde ao governo estadual desde que o SAMU foi criado em São Paulo. O financiado do serviço é feito exclusivamente pela União e pelos municípios.

Para o deputado estadual e membro efetivo da Comissão de Saúde da Alesp, Marcos Martins, o governo do Estado novamente mostra o seu desgoverno e deixa de colaborar com os municípios. “Nosso grande problema hoje é a postura do Estado de São Paulo e sua negligência no cofinanciamento da prestação do serviço. São Paulo é um dos únicos, senão o único, a não contribuir com sua parcela, mesmo com sua larga arrecadação e superávits na receita”, aponta o deputado.

Ele ressaltou que a Bancada dos deputados petistas já realizou denúncias sobre o assunto, inclusive através da Comissão de Saúde, que, apesar dos pedidos de comparecimento, não recebeu a visita do secretário de Saúde, Giovanni Guido Cerri, para prestar esclarecimentos. “A Comissão de Saúde tem fiscalizado e cobrado permanentemente o governo do Estado, não só em relação ao Samu, mas também em virtude da inadimplência do Executivo com a saúde paulista, exemplificadas nas questões das Unidades de Pronto Atendimento (UPA`s) e do Instituto de Assistência Médica do Servidor do Estado de São Paulo (Iamspe), que também funcionam através do cofinanciamento e não contam com a participação do Estado”.

“Temos um grande desafio à frente que é incluir o assunto na agenda do governo estadual, cada vez mais incipiente nessa área. Um serviço de tamanha importância para o salvamento de vidas jamais poderia ser desprezado por quem tem a obrigação constitucional de zelar pela saúde do cidadão. O povo precisa de mais política pública na saúde”, finalizou Martins.

O jornal O Estado de São Paulo trouxe nessa segunda-feira (14) uma reportagem sobre o descaso. A publicação apontou que recentemente, a Secretaria de Segurança Pública do Estado proibiu a Polícia Militar de socorrer vítimas de disparos de arma de fogo e determinou que apenas profissionais do SAMU devem prestar o socorro, mesmo sem repassar qualquer valor ao serviço e deixando os municípios com total responsabilidade no atendimento móvel.

A promessa de sobrecarga nos serviços das ambulâncias do Samu levou o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems) a reivindicar a contribuição do governo paulista no cofinanciamento dos serviços. “Essa omissão acaba causando problemas para as finanças municipais e para os serviços de saúde das cidades”, afirma ao Estadão o presidente do Cosems, Arthur Chioro. Ele também é secretário de Saúde de São Bernardo do Campo.

No ano passado, o governo federal repassou R$ 94,3 milhões para São Paulo. Uma quantia semelhante deveria ser compartilhada entre municípios e Estado, mas o dinheiro saiu só dos cofres das cidades. Segundo o Cosems, apenas 78% da população paulista é coberta pelo Samu. “Se houvesse cooperação de São Paulo, o serviço poderia chegar a 100%”, disse.

Samu

O Samu tornou-se um dos principais equipamentos de saúde em todo o Brasil, atendendo o usuário na residência, na via pública e no local de trabalho. Atualmente, o serviço está presente em todos os estados brasileiros com 159 Centrais de Regulação Médica que abrangem 1.627 municípios. Aproximadamente 112 milhões de pessoas podem contar com o Samu. Voltando, principalmente, às vítimas de atropelamentos, dor súbita no peito e queimaduras.

Com informação do jornal O Estado de S. Paulo