Semana do Amianto reforça luta pelo banimento no Estado de São Paulo
A próxima semana será dedicada às ações de conscientização e informação sobre o amianto, ou asbesto, como também é conhecido. Atividades organizadas pelo mandato do deputado estadual Marcos Martins (PT), em parceria com a Abrea (Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto) tratarão da relevância do tema e da nocividade do contato com a substância.
Durante os dias 22 a 26 de abril, Osasco contará com atividades especiais para enfatizar a luta contra o amianto. No calçadão da Rua Antonio Agu, das 8 às 17h, representantes da Abrea realizarão ato para conscientizar a população sobre os malefícios causados pela substância e, sobretudo, da importância de se substituir produtos que contenham o amianto, como telhas e caixas d’água, itens que estão diretamente ligados à vida das pessoas. Além destas, também haverá culto ecumênico no dia 28, às 10h, que reunirá militantes da causa na Praça Aquilino Alves dos Santos, em memória às vítimas do amianto, como o próprio Sr. Aquilino, que dá nome à praça, que fica na Rua Alan Kardec, na Vila Nova Osasco.
O deputado Marcos Martins, autor da Lei 12.684/2007 que proíbe o amianto em todo território estadual, estará presente nas atividades. É fundamental levar a nossa luta à população, para que ela tenha o conhecimento dos danos que o amianto traz às pessoas. Iniciativas como estas ajudam e muito a conscientizar as pessoas e ampliam a luta, fazendo com que mais cidadãos nos ajudem a levar a mensagem de que o amianto mata, comentou Marcos Martins.
Lei 12.684/2007
Protagonista da luta em favor do banimento do asbesto no Estado de São Paulo, ao lado dos trabalhadores e movimentos sociais, o deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alesp), Marcos Martins é autor da Lei 12.684/07, que proíbe o uso do amianto em São Paulo – um dos primeiros textos a vigorarem no Brasil com a finalidade de banir a substância. Hoje, a lei paulista é referência no país e internacionalmente e é usada como base em outras assembleias na tomada de medidas semelhantes.
Luta
Recentemente o parlamentar paulista reuniu-se em São Paulo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Durante o encontro, Marcos Martins pediu apoio ao ministro na e sugeriu que fosse incluído nos futuros editais de licitação do Ministério a não utilização do amianto.
Marcos Martins já conquistou feito semelhante junto a outros Ministérios. Meio Ambiente, Saúde e Cultura foram alguns que já alinharam suas contratações ao movimento global pelo banimento do asbesto.
O deputado ainda apontou ações semelhantes que têm acontecido no mundo todo, inclusive em Portugal, onde o Ministério da Educação e Cultura (MEC) anunciou programa de remoção do fibrocimento de cerca de 50 escolas, após resolução do Parlamento que obrigava o Governo a fazer, até fevereiro de 2012, levantamento de todos os edifícios públicos com amianto.
Problemas causados pelo Amianto
Utilizado durante décadas como isolante, integrando diversos materiais da construção civil, o amianto pode causar problemas graves de saúde, sobretudo pulmonares, incluindo o câncer. O seu uso está banido em cerca de 60 países. Mas várias nações em desenvolvimento, entre elas o Brasil, ainda permitem o uso e adotam limites de tolerância para o produto — embora, segundo a Organização Mundial da Saúde, todas as formas de asbesto são cancerígenas para o ser humano.
Estudos realizados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que a exposição ao material pode provocar asbestose (fibrose do pulmão), espessamento na pleura e diafragma, placas e derrames pleurais, câncer de pulmão, de laringe, do trato digestivo e de ovário e o mesotelioma, uma forma rara de tumor maligno que atinge a pleura. De acordo com especialistas, o mesotelioma é uma doença de difícil diagnóstico e, quando diagnosticada, geralmente não é relacionada ao trabalho.