Crédito: Divulgação
São Paulo Um novo estudo publicado nesta semana na revista científica Nature indica que a concentração de mercúrio nos oceanos triplicou em comparação com os níveis pré-industriais.
Leia Mais
07/08/2014 | Apetite chinês por barbatana de tubarão despenca
07/08/2014 | Lixeira subterrânea é arma contra sujeira em Salvador
07/08/2014 | Ouro fecha em alta de 0,33% com preocupação com Ucrânia
06/08/2014 | Número de queimadas em SP aumenta 40% em ano seco
Por trás desse aumento, segundo a pesquisa, está a poluição causada por atividades humanas, como mineração e queima de combustíveis fósseis.
Além disso, o lançamento de esgoto sem tratamento na água também pode criar condições que potencializam os efeitos da substância ao torná-la mais solúvel.
A contaminação ambiental pelo metal altamente tóxico é uma realidade mundial. Mas só agora começou a ser dimensionada. E os resultados preocupam.
O estudo destaca que a concentração do mercúrio triplicou nas camadas de águas superficiais, onde a presença de vida marinha é grande.
Uma das características do mercúrio que mais preocupam os cientistas é sua capacidade de biomagnificação.
Ele se acumula ao longo da cadeia alimentar, fazendo com que as espécies mais altas na cadeia sejam expostas a uma maior concentração tóxica, o que aumenta, eventualmente, a exposição humana ao metal.
No entanto, falta quantificar essa acumulação nos animais aquáticos e seus possíveis efeitos, incluindo os riscos para os seres humanos.
Em entrevista ao jornal birtânico The Guardian, Simon Boxall, professor de Universidade de Southampton, disse que é difícil dizer, a partir da pesquisa, o tamanho do dano que já foi feito para a vida marinha.
“Eu não iria parar de comer peixes por conta disso”, ponderou. “Mas esse aumento de mercúrio é um bom indicador do nosso impacto no meio ambiente marinho. É um alerta para o futuro”, disse.
Ameaça tóxica
Getty Images
Crianças fazem mineração de ouro em Kalimantan, na Indonésia
Em um relatório de 2010, a organização ambiental Blacksmith Institute listou os principais poluentes tóxicos que ameaçam o mundo. O mercúrio é um deles.
Usado em centenas de aplicações, da produção de gás cloro e soda cáustica à composição de amálgamas dentárias e baterias, o mercúrio assume sua forma mais ameaçadora à saúde humana durante o garimpo de ouro.
Na mineração, ele auxilia o processo de purificação do metal valioso conhecido como “amalgamação”, sendo liberado na forma de vapor no meio ambiente.
Na literatura médica, o mercúrio é caracterizado como uma neurotoxina potente, capaz de causar danos irreversíveis ao cérebro.
Entre os sintomas da contaminação estão dormência em braços e pernas, visão nebulosa, letargia e irritabilidade, problemas renais e intoxicações pulmonares, além de prejudicar o desenvolvimento fetal.
Um novo estudo publicado nesta semana na revista científica Nature indica que a concentração de mercúrio nos oceanos triplicou em comparação com os níveis pré-industriais.
Além disso, o lançamento de esgoto sem tratamento na água também pode criar condições que potencializam os efeitos da substância ao torná-la mais solúvel.
A contaminação ambiental pelo metal altamente tóxico é uma realidade mundial. Mas só agora começou a ser dimensionada. E os resultados preocupam.
O estudo destaca que a concentração do mercúrio triplicou nas camadas de águas superficiais, onde a presença de vida marinha é grande.
Uma das características do mercúrio que mais preocupam os cientistas é sua capacidade de biomagnificação.
Ele se acumula ao longo da cadeia alimentar, fazendo com que as espécies mais altas na cadeia sejam expostas a uma maior concentração tóxica, o que aumenta, eventualmente, a exposição humana ao metal.
No entanto, falta quantificar essa acumulação nos animais aquáticos e seus possíveis efeitos, incluindo os riscos para os seres humanos.
Em entrevista ao jornal birtânico The Guardian, Simon Boxall, professor de Universidade de Southampton, disse que é difícil dizer, a partir da pesquisa, o tamanho do dano que já foi feito para a vida marinha.
“Eu não iria parar de comer peixes por conta disso”, ponderou. “Mas esse aumento de mercúrio é um bom indicador do nosso impacto no meio ambiente marinho. É um alerta para o futuro”, disse.
Ameaça tóxica
Em um relatório de 2010, a organização ambiental Blacksmith Institute listou os principais poluentes tóxicos que ameaçam o mundo. O mercúrio é um deles.
Usado em centenas de aplicações, da produção de gás cloro e soda cáustica à composição de amálgamas dentárias e baterias, o mercúrio assume sua forma mais ameaçadora à saúde humana durante o garimpo de ouro.
Na mineração, ele auxilia o processo de purificação do metal valioso conhecido como “amalgamação”, sendo liberado na forma de vapor no meio ambiente.
Na literatura médica, o mercúrio é caracterizado como uma neurotoxina potente, capaz de causar danos irreversíveis ao cérebro.
Entre os sintomas da contaminação estão dormência em braços e pernas, visão nebulosa, letargia e irritabilidade, problemas renais e intoxicações pulmonares, além de prejudicar o desenvolvimento fetal.