Reeleito deputado estadual com 83.879 votos, Marcos Martins (PT) diz que a crise de abastecimento de água será um dos temas de atenção para o próximo mandato na Assembleia Legislativa. Na eleição o governador foi na televisão e disse que não faltaria água. Não preveniu a população, não falou a verdade sobre a crise da água, critica.
O deputado diz que a diferença entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no estado de São Paulo vai cair nesse segundo turno e que a população não vai querer correr risco de perder conquistas como o emprego e direitos sociais. Assim como não temos nenhuma segurança com a questão da água em São Paulo, não teríamos segurança com relação aos empregos, diz.
Qual o balanço que faz de sua campanha? Foi o esperado?
Eu tinha uma expectativa de ser reeleito com mais votos do que tive na eleição passada. Então eu acho que aconteceu. Poderia ter sido um pouco mais do que nós tivemos, mas foi uma eleição bastante complicada, com um quadro geral adverso. Considerando tudo isso foi uma eleição vitoriosa, tanto para deputado estadual no meu caso, como para o Valmir Prascidelli (eleito deputado federal) e para o prefeito [Jorge Lapas] que nos apoiou. A cidade de Osasco ganhou com isso.
Esse quadro adverso a qual se refere é a onda conservadora que se observou no estado?
Isso, é o geral. Não só uma onda conservadora, é uma onda de apatia à política, de desinteresse à política. Vamos ter que reconquistar esse interesse. Isso é todo um processo que tem de ser desenvolvido nos próximos anos para que a população possa novamente se interessar. No caso da minha eleição foi muito em cima do trabalho realizado, da credibilidade, porque como as coisas estavam colocadas era muito difícil as pessoas votarem se não houvesse algum tipo de referência. Nós tivemos o que mostrar à população e isso que nos deu essa vitória.
Reeleito deputado estadual com 83.879 votos, Marcos Martins (PT) diz que a crise de abastecimento de água será um dos temas de atenção para o próximo mandato na Assembleia Legislativa. Na eleição o governador foi na televisão e disse que não faltaria água. Não preveniu a população, não falou a verdade sobre a crise da água, critica.
O deputado diz que a diferença entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no estado de São Paulo vai cair nesse segundo turno e que a população não vai querer correr risco de perder conquistas como o emprego e direitos sociais. Assim como não temos nenhuma segurança com a questão da água em São Paulo, não teríamos segurança com relação aos empregos, diz.
Qual o balanço que faz de sua campanha? Foi o esperado?
Eu tinha uma expectativa de ser reeleito com mais votos do que tive na eleição passada. Então eu acho que aconteceu. Poderia ter sido um pouco mais do que nós tivemos, mas foi uma eleição bastante complicada, com um quadro geral adverso. Considerando tudo isso foi uma eleição vitoriosa, tanto para deputado estadual no meu caso, como para o Valmir Prascidelli (eleito deputado federal) e para o prefeito [Jorge Lapas] que nos apoiou. A cidade de Osasco ganhou com isso.
Esse quadro adverso a qual se refere é a onda conservadora que se observou no estado?
Isso, é o geral. Não só uma onda conservadora, é uma onda de apatia à política, de desinteresse à política. Vamos ter que reconquistar esse interesse. Isso é todo um processo que tem de ser desenvolvido nos próximos anos para que a população possa novamente se interessar. No caso da minha eleição foi muito em cima do trabalho realizado, da credibilidade, porque como as coisas estavam colocadas era muito difícil as pessoas votarem se não houvesse algum tipo de referência. Nós tivemos o que mostrar à população e isso que nos deu essa vitória.
Como será seu próximo mandato? Haverá diferenças em relação ao atual?
Pretendemos manter as lutas que vínhamos realizando: saúde, meio ambiente, saúde do trabalhador, que já são lutas antigas e precisam ter sequência. A luta contra o amianto já são 17 anos, contra o mercúrio são menos anos, são lutas que o mundo inteiro enfrenta. E abraçando outras que vão surgir.
A questão da água será um problema
Houve um descaso. Inclusive na eleição o governador foi na televisão e disse que não faltaria água. Não preveniu a população, não falou a verdade sobre a crise da água. Ele tinha que ter feito as obras, pois já sabia disso há 10 anos, tinha que ter tomado providências para enfrentar essa crise e não fez. Foi um estelionato eleitoral essa eleição, porque ele não falou a verdade. Agora ele está com outra campanha de redução, ampliando o bônus, mas só isso não resolve porque é preciso aumentar a captação, fazer tratamento de esgoto, a maioria do esgoto captado não é tratado, e também combate aos vazamentos, que passa de 32%.
Mas boa parte da população acreditou que a falta de chuva era a única responsável pela crise. Agora, após a reeleição de Geraldo Alckmin, com agravamento da crise, começou a mudar essa percepção?
Começou a mudar porque as pessoas percebem que o governo do estado poderia ter evitado isso, sabe do aumento do consumo, tem as previsões, poderia ter dado estímulo para que as pessoas gastassem menos água. Difundido o reúso e a captação de água de chuva. Em 2010 tivemos excesso de chuva, inclusive as comportas da Cantareira foram abertas e cidades foram inundadas. O mais duro é o governo não ter falado a verdade para a população, não ter alertado.
A oposição ao governo Alckmin na Assembleia terá um número ainda menor de deputados. Não são necessárias novas estratégias?
Os movimentos sociais terão papel extremamente importante para cobrar do governo do estado aquilo que é obrigação dele, seja o transporte de trens e metrô que continua uma crise atrás da outra agora o problema da água, que vai continuar, pois para repor, mesmo se chover, vai demorar de 4 a 5 anos. Então teremos muitos desafios e os movimentos sociais, sindicatos, movimentos de bairros, precisam se preparar para cobrar os serviços.
Com tantos problemas, qual o diagnóstico que faz da reeleição do Geraldo Alckmin?
A população aqui de São Paulo acabou sendo bastante influenciada pela grande mídia, que vem fazendo um movimento anti-PT há muito tempo e que é replicado pelos nossos adversários. Uma parcela que votou no Alckmin acreditou nas suas promessas, naquilo que estão há 20 anos sem fazer e falou que vai fazer agora. Acho que com o passar do tempo a população vai descobrir isso e vai haver uma mudança.
Nesse segundo turno da eleição presidencial o PT tem conseguido reverter essa campanha negativa?
Sim, mostrando as ações do governo e o candidato tucano foi rejeitado em Minas Gerais, desaprovado em seu estado natal e faz muita promessa. A população aqui de São Paulo, governada por eles há 20 anos, percebe que se não fazem aqui não vão fazer no governo federal. Se aqui está faltando água, segurança. Coisas que o candidato da oposição promete a Dilma já está fazendo.
Nessa eleição estamos vendo novamente esse pensamento único da mídia. Não é um assunto onde o PT deve sair do discurso?
Sou a favor da democratização da mídia, porque se uma única pessoa tem toda uma rede de comunicação, isso não é democrático. O certo é termos mais opiniões e não uma única opinião. Isso é aprofundar a democracia e precisa ser feito.
Para você porque a Dilma é melhor para Osasco e região?
É melhor porque tivemos investimentos em várias áreas, por exemplo a universidade federal (Unifesp, em Osasco), agora terá a conclusão da canalização do córrego na avenida Visconde de Nova Granada, e tantas outras ações. Tantas creches vieram através do governo federal. Dilma tem um rumo e da para confiar. Agora, quem diz que tem de tomar medidas amargas, que pela escolha do ministro da Fazenda já da pra perceber, quer controlar inflação às custas de salários e empregos. Isso é uma política para os ricos, que vai sacrificar a maioria da população. Assim como não temos nenhuma segurança com a questão da água em São Paulo, não teríamos segurança com relação aos empregos, aos investimentos nas áreas sociais, às oportunidades que os governos Lula e Dilma dão. Como a população é sábia e não quer correr esses riscos, acredito na vitória de Dilma domingo para seguirmos em frente.