Atos pela democracia mobilizam milhares em todos estados
Aconteceu no último domingo, 31/7, uma grande jornada nacional de “Atos em defesa da Democracia” coordenados pela Frente Povo Sem Medo, que reúne dezenas de organizações e movimentos sociais. Com mobilizações em diversos estados e capitais brasileiras, milhares de pessoas expressaram seu descontentamento com o governo interino de Michel Temer.
Com destaque para temas como a “Defesa da Democracia e dos Direitos dos Trabalhadores”, a marcha organizada na cidade de São Paulo ganhou destaque nas redes sociais, confrontando o explícito “boicote ao direito público de informação” feito pelos meios de comunicações tradicionais. Na região do Largo da Batata (bairro de Pinheiros) a mobilização chegava a 60 mil pessoas – segundo organizadores, o destaque foi dado a mobilização pró-Temer (na Avenida Paulista) que não atingiu sequer metade do número da mobilização contrária ao presidente interino.
Dentre diversas lideranças, organizações e movimentos, teve destaque a presença do senador carioca, Linderberg Farias, que criticou a postura das Organizações Globo: A Rede Globo demorou 50 anos para pedir desculpas pelo golpe de 1964. E agora, quanto tempo vai levar para se desculpar pelo golpe que está promovendo?. Na oportunidade, o ex-senador, Eduardo Suplicy, também fez questão de defender a presidente afastada, Dilma Rousseff, argumentando que não houve crime de responsabilidade e que se estivesse no Senado, votaria em favor de Dilma.
Por sua vez, o deputado estadual Marcos Martins expressou sua preocupação com a postura da mídia tradicional. “A mídia tradicional pode – e deve – ter suas opiniões sobre temas políticos no Brasil. A liberdade de expressão é garantida pela Constituição. Entretanto, como grupo empresarial que possui uma “Concessão Estatal de Direito Público” deve fazer jornalismo sério, ético, com compromisso com a verdade e a informação pública. Sonegar informação ao povo é pura manipulação, pior que isso, trata-se de agressão contra a soberania popular e a democracia.” completou Martins.