Dilma é deposta e a incerteza sobre o futuro do país segue

Crédito: Foto Edilson RodriguesAgência Senado

Com uma reeleição conquistada com o resultado mais apertado da história, Dilma Rousseff encontrou diversos problemas desde o início de seu segundo mandato. O estopim aconteceu quando o deputado Eduardo Cunha (então presidente da Casa) aceitava o pedido de impedimento da presidente.

Com isso, baseado nas acusações de crime de responsabilidade por “pedaladas fiscais” e de liberação de créditos sem a devida autorização legislativa, o processo iniciou tramitação no Parlamento, com argumentos questionados e duramente combatidos por juristas brasileiros e estrangeiros.

Aprovado no plenário da Câmara dos Deputados, o parecer da Câmara foi imediatamente enviado ao Senado e Dilma foi afastada do cargo. Por sua vez, no Senado, o processo tramitou até culminar na defesa da presidente e seu julgamento.

Dilma Rousseff defendeu-se em sessão histórica do Senado por quase 14 horas, respondendo perguntas dos senadores. Feita a defesa, veio o polêmico julgamento que confirmou a deposição do cargo de Dilma, entretanto mantendo seus direitos políticos.

A repercussão geral foi bastante contraditória. Enquanto alguns celebraram, outros criticaram duramente o julgamento e várias manifestações tomaram as ruas do país. Dilma, por sua vez, fez um duro discurso denunciando “o golpe parlamentar”, enquanto Michel Temer declarou não aceitar a marca de “golpista”.

A única conclusão comum entre analistas é que a incerteza continuará rondando a política brasileira, tal como novos conflitos são esperados. Na pauta do novo presidente, estão propostas extremamente polêmicas, como a Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista, Privatização e Terceirização de Patrimônio Público, assim como a reestruturação de políticas e programas sociais que atendem a população mais necessitada.