A incessante luta pela Independência

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A incessante luta pela Independência
A chamada Independência do Brasil, comemorada em 7 de setembro e proclamada em 1822, não foi apenas um grito isolado às margens do Ipiranga. O processo durou alguns anos, desde a invasão do Reino de Portugal pelo exército francês, em 1807; passando pela fuga da família real e do governo português para o Brasil; pela Revolução Liberal, que eclodiu em Portugal, em 1820, e a nomeação de D. Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do Brasil, em 1821. O resultado foi a suposta independência do país, fato contestado por muitos historiadores até hoje.
Após a nomeação do Príncipe Regente, se iniciou no Brasil a guerra de independência, protagonizada por tropas coloniais portuguesas, que permaneceram em território brasileiro, fiéis ao Reino de Portugal. Outros levantes marcaram o período, mas não foram suficientes para esconder as incongruências da suposta independência. O Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal, em 1825, legitimava a nova condição do país, que a partir de então se comprometera a pagar uma significativa indenização a Portugal e assinar um tratado de comércio com o Reino Unido, como compensação por sua mediação. Ou seja, o país já nascia com dívidas – era uma independência apenas retórica.
Na prática, o Brasil jamais se libertaria das amarras com os países desenvolvidos, tornando-se refém de pactos econômicos, empréstimos e condições especiais para que empresas estrangeiras se instalassem no país. Para se ter uma ideia, da Independência até o fim da Monarquia, o país já havia contraído quase 20 empréstimos apenas em bancos ingleses. As dívidas se ampliariam com o financiamento da Guerra do Paraguai; a construção de Brasília; os gastos desmedidos do governo militar; a crise do petróleo e os constantes recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), só para citar alguns exemplos.
Em 1998, durante o governo FHC, as importações elevaram o deficit comercial do país, que recorreu novamente ao FMI. A última vez que o país utilizaria deste recurso seria em 2002, quando a cotação do dólar avançava ferozmente e o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, pediu uma ajuda de mais de 15 milhões de dólares ao fundo. Foi só a partir de 2003 que o país passou a adotar uma política externa em busca de autonomia, quitar suas dívidas e, porque não dizer, almejar a independência. A nova orientação colocava o país em uma posição central na América do Sul, especialmente no Mercosul, e também nas relações com a Europa, China e Estados Unidos. Não à toa nas reuniões do G-20, formado pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, os chefes de estado brasileiros, Luiz Inácio Lula da Silva e depois Dilma Rousseff, sempre ocuparam posição de destaque.
Também é bom lembrar que o tipo de relação de exploração que caracterizava o Brasil colônia ainda se manifesta, infelizmente, nos dias de hoje, reforçando nossa dependência e a subserviência não de nosso povo, mas de alguns líderes. Se até o início do século XIX Portugal subtraia nossas riquezas, em forma de madeira, ouro ou prata, hoje a exploração de minérios já está nas mãos de grupos estrangeiros e são incansáveis as tentativas de entregar nosso petróleo e os recursos hídricos. Continuamos sendo subtraídos de nossas riquezas, tal qual no Brasil colônia e, por isso, lutar por independência não é uma disputa moderna, mas ainda é atual.
A chamada Independência do Brasil, comemorada em 7 de setembro e proclamada em 1822, não foi apenas um grito isolado às margens do Ipiranga. O processo durou alguns anos, desde a invasão do Reino de Portugal pelo exército francês, em 1807; passando pela fuga da família real e do governo português para o Brasil; pela Revolução Liberal, que eclodiu em Portugal, em 1820, e a nomeação de D. Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do Brasil, em 1821. O resultado foi a suposta independência do país, fato contestado por muitos historiadores até hoje.
Após a nomeação do Príncipe Regente, se iniciou no Brasil a guerra de independência, protagonizada por tropas coloniais portuguesas, que permaneceram em território brasileiro, fiéis ao Reino de Portugal. Outros levantes marcaram o período, mas não foram suficientes para esconder as incongruências da suposta independência. O Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal, em 1825, legitimava a nova condição do país, que a partir de então se comprometera a pagar uma significativa indenização a Portugal e assinar um tratado de comércio com o Reino Unido, como compensação por sua mediação. Ou seja, o país já nascia com dívidas – era uma independência apenas retórica.
Na prática, o Brasil jamais se libertaria das amarras com os países desenvolvidos, tornando-se refém de pactos econômicos, empréstimos e condições especiais para que empresas estrangeiras se instalassem no país. Para se ter uma ideia, da Independência até o fim da Monarquia, o país já havia contraído quase 20 empréstimos apenas em bancos ingleses. As dívidas se ampliariam com o financiamento da Guerra do Paraguai; a construção de Brasília; os gastos desmedidos do governo militar; a crise do petróleo e os constantes recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), só para citar alguns exemplos.
Em 1998, durante o governo FHC, as importações elevaram o deficit comercial do país, que recorreu novamente ao FMI. A última vez que o país utilizaria deste recurso seria em 2002, quando a cotação do dólar avançava ferozmente e o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, pediu uma ajuda de mais de 15 milhões de dólares ao fundo. Foi só a partir de 2003 que o país passou a adotar uma política externa em busca de autonomia, quitar suas dívidas e, porque não dizer, almejar a independência. A nova orientação colocava o país em uma posição central na América do Sul, especialmente no Mercosul, e também nas relações com a Europa, China e Estados Unidos. Não à toa nas reuniões do G-20, formado pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, os chefes de estado brasileiros, Luiz Inácio Lula da Silva e depois Dilma Rousseff, sempre ocuparam posição de destaque.
Também é bom lembrar que o tipo de relação de exploração que caracterizava o Brasil colônia ainda se manifesta, infelizmente, nos dias de hoje, reforçando nossa dependência e a subserviência não de nosso povo, mas de alguns líderes. Se até o início do século XIX Portugal subtraia nossas riquezas, em forma de madeira, ouro ou prata, hoje a exploração de minérios já está nas mãos de grupos estrangeiros e são incansáveis as tentativas de entregar nosso petróleo e os recursos hídricos. Continuamos sendo subtraídos de nossas riquezas, tal qual no Brasil colônia e, por isso, lutar por independência não é uma disputa moderna, mas ainda é atual.