NOTA PÚBLICA SOBRE O FECHAMENTO DE FARMÁCIAS POPULARES NA CAPITAL

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São Paulo, 9 de fevereiro de 2017

Venho por meio desta nota, expressar minha preocupação sobre a iniciativa do Prefeito de São Paulo, João Dória Jr., ao anunciar o Programa “Remédio Rápido”. Neste contexto, o chefe do Poder Executivo municipal informou que a distribuição de remédios realizar-se-á prioritariamente por grandes redes de farmácias comerciais, fato que recorreria no fechamento de farmácias populares.

Acredito, como membro da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), que o problema não está na participação de farmácias comerciais na distribuição de medicamentos, entretanto vejo com estranheza a proposta de fechar farmácias públicas existentes, muitas dessas localizadas nas periferias, no interior de AMAS, UBSs, UPAS, PSs e hospitais públicos. Atualmente, a capital possui cerca de 115 AMAS e 65 UBSs.

Compartilhando a posição de sindicalistas, membros do Ministério Público e legisladores paulistanos, expresso minha preocupação com os trabalhadores; com as dificuldades para o acesso aos medicamentos para população de regiões mais afastadas; bem como vejo com estranheza a desconsideração de toda uma rede de distribuição de remédios já estabelecida.

Como todos sabemos, a situação da saúde pública é bastante complexa no país. Na cidade de São Paulo não é diferente. Com uma fila de espera para atendimento estimada em 485 mil pessoas – segundo informação da própria prefeitura, essa é uma das principais demandas da população.

Respeitosamente,

Deputado Estadual Marcos Martins

 

 

 

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