Uma história marcada por 95 anos de lutas
Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região faz aniversário nesta segunda-feira (16) comemorando uma trajetória quase centenária em defesa da classe trabalhadora
Poucos sindicatos no Brasil e no mundo podem se orgulhar tanto de sua própria história como o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. A associação, que teve seu estatuto aprovado em abril de 1923, promoveu sua primeira greve com menos de 10 anos de existência, em 1932. Apenas um ano depois, em 1933, mais uma conquista marcou a luta dos trabalhadores: a redução da jornada de trabalho para seis horas. O jovem Sindicato já mostrava então que seria mais combativo do que a maioria das entidades trabalhistas da época.
Em 1934, os bancários promoveram a primeira greve nacional da categoria, que durou apenas três dias. Em 1951, no entanto, houve nova tentativa de greve nacional, desta vez exigindo reajuste de 40% nos salários. A maioria dos bancários de diversos estados do país aceitou o acordo proposto pelos patrões, o que não foi o caso dos trabalhadores paulistas, que enfrentaram 69 dias de greve e forte repressão policial. Em 5 de novembro daquele mesmo ano, a justiça concedeu reajuste de 31% para toda a categoria – uma vitória inquestionável que se tornaria uma referência nacional.
Em 1979, Marcos Martins, hoje deputado estadual, tomava posse como coordenador da regional Osasco do sindicato, da qual fora um dos fundadores em parceria com Augusto Campos. Em sua trajetória política ao lado de inestimáveis companheiros, Martins também fez parte da fundação da CUT e do PT na cidade da região oeste metropolitana da capital. “É um orgulho fazer parte de lutas tão emblemáticas quanto valiosas. Trata-se de um dos sindicatos mais combativos da história do nosso país, o que nos enche de orgulho”, lembrou o deputado.
“Hoje é dia de relembrar nossa história. A luta dos bancários jamais será esquecida porque nós sempre estivemos ao lado da população; sempre defendemos e defenderemos a democracia e os direitos. Parabéns a todas e todos que preservam o espírito combativo dos bancários”, finalizou Martins.