Artigo: Outubro Rosa e uma trajetória marcada pelo combate ao câncer

Movimento realizado ao redor do mundo há 28 anos, o Outubro Rosa visa estimular a conscientização da população, principalmente das mulheres, no controle do câncer de mama, trazendo informação sobre os riscos da doença, as formas de prevenção e os tipos de tratamento.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, correspondendo a cerca de 28% dos novos casos por ano. No entanto, mesmo com esse número alarmante, o diagnóstico precoce, de acordo com todos os especialistas, pode reduzir drasticamente os riscos decorrentes da doença e aumentar de forma relevante os índices de cura.

Durante minha trajetória parlamentar, venho defendendo campanhas como essa e trabalhando no combate ao câncer e em defesa da saúde da população e dos trabalhadores.

Durante toda minha trajetória tenho procurado ser um porta-voz da luta contra o amianto, uma substância cancerígena. Conquistei a aprovação da Lei 12.684/07, proibindo o uso de produtos contendo amianto em todo o estado de São Paulo, que se tornou referência dentro e fora do Brasil. Em 2015, também foi aprovada a Lei 16.048/15, de minha autoria, que responsabiliza os produtores, empresas executoras de obras de manutenção, demolição ou remoção de material com amianto, pelo descarte correto do material perigoso. Neste ano, foi aprovado o Projeto de Lei que obriga os editais de licitações e contratos de obras públicas a registrarem a necessidade de cumprir a Lei 12.684.

Ainda no combate ao câncer, lutei contra o mercúrio e o benzeno, outras duas substâncias também extremamente cancerígenas. Sou autor da Lei 15.313/2014, que proíbe o uso, armazenamento e reparo de instrumentos de medição contendo mercúrio, como os termômetros; e da Lei 16.656/2018, que proíbe que os postos de combustível de todo o estado de São Paulo abasteçam os veículos além do limite da bomba, respeitando a trava de segurança e impedindo a liberação do vapor de benzeno durante o abastecimento do veículo.

Além disso, uma de minhas grandes conquistas foi a inauguração de unidade do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) na Vila Yara, em Osasco. Sua chegada à região é decorrente de um intenso trabalho realizado ao lado da Abrea (Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto) e do Grupo Oncovida, que reuniu mais de 50 mil assinaturas em abaixo assinado, além de inúmeras campanhas nas ruas. A região Metropolitana Oeste da Capital paulista representa 11% dos atendimentos do ICESP e a unidade beneficia moradores de pelo menos sete cidades da região.

Ainda é lamentável vermos tantas categorias de trabalhadores, a população em geral e o meio ambiente expostos a produtos cancerígenos e, por isso, esse trabalho deve sempre continuar. Por outro lado, isso reforça a necessidade de campanhas como o Outubro Rosa, fundamentais no combate ao câncer de mama, levando aos quatro cantos informações e orientações que podem salvar vidas.

Marcos Martins, deputado estadual (PT)