Marcos Martins: mesmo com repasse maior de verbas federais, saúde não melhora em Osasco
Como presidente da Comissão de Saúde e Promoção Social da Câmara Municipal de Osasco e em atenção à lei federal 8689/93, o vereador Marcos Martins, realiza, a cada três meses, uma audiência pública para analisar a prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde. Foi assim na última quarta-feira, 12 de novembro, no plenário da Câmara, com a presença do secretário de saúde, Dr. Fernando Moreira Filho, vereadores, diretores de saúde e população. Na ocasião, o secretário de Saúde de Osasco apresentou a planilha de despesas referentes ao 3º trimestre deste ano (julho, agosto e setembro). Após a apresentação dos números, o secretário respondeu as perguntas dos presentes.
Na ocasião, Moreira Filho informou que o Fundo Municipal de Saúde, que custeia todo o atendimento médico em Osasco, teve no período um total de receitas de R$ 20.942.984. Este montante foi utilizado para realizar 1.336.505 atendimentos no trimestre (o que significa que em três meses, o equivalente a toda a população de Osasco foi ao médico nas unidades públicas pelo menos duas vezes).
Embora os números impressionem, Marcos Martins aponta que, embora o governo federal tenha aumentado o repasse de verbas para a cidade, a impressão que se tem é que a cidade diminuiu sua contrapartida no investimento da saúde. A situação nas unidades básicas continha precária. Faltam médicos, há graves distorções na triagem dos pacientes, as consultas demoram a ser marcadas. O hospital central continua sobrecarregado. Isso tudo depois do governo federal ter aumentado os repasses, questiona Marcos Martins.
Em relação à entrega das planilhas para os vereadores poderem acompanhar e questionar os números, que antes era feito na última hora, Marcos Martins informa que melhorou, mas ainda precisa melhorar mais. A Secretaria de Saúde nos enviou as planilhas na terça-feira [um dia antes], mas isso ainda é pouco para analisar números tão complexos. São muitas unidades e muitos dados. Os vereadores precisam de mais tempo para avaliar melhor, de forma mais eficiente.
O vereador afirma que com a entrega antecipada dos números a dinâmica da própria audiência será melhor, pois cada vereador poderá vir com suas perguntas já formuladas. Ainda para tornar as audiências mais ágeis a última começou às 17h30 e terminou às 21 horas Marcos Martins está analisando sugestões para tornar a audiência mais atraente, principalmente para a população. Um calendário fixo e uma dinâmica diferente na prestação de contas ajudarão no acompanhamento por parte dos munícipes. Estamos analisando a possibilidade de providenciar resumos do que será apresentado para melhorar o acompanhamento dos interessados bem como otimizar a apresentação do secretário e utilizar melhor o tempo para as perguntas, sugere o presidente da comissão de saúde.