Bancada petista cobra informações sobre fim das DIR`s durante audiência pública na Assembléia
A bancada petista na Assembléia Legislativa cobrou informações detalhadas do governo do Estado e da Secretária de Saúde sobre a extinção das DIRs (Diretorias Regionais de Saúde) das cidades de São José dos Campos, Assis, Botucatu, Franco da Rocha, Grande ABC, Mogi das Cruzes e Osasco, e os Núcleos Regionais de Presidente Venceslau, Caraguatatuba e Jales durante audiência pública realizada na Assembléia Legislativa de São Paulo no dia 28 de março.
Mesmo com ausência de membros do governo estadual e do Secretário de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, na atividade, os deputados estaduais Marcos Martins, Carlinhos Almeida, Mário Reali e Hamilton Pereira, em conjunto com Simão Pedro, Vanderlei Siraque e Ana do Carmo, todos do PT, estabeleceram ações que devem realizar nos próximos dias para discutir a com a sociedade e com os municípios quais os problemas surgiram à saúde pública depois do decreto 51.433, de dezembro de 2006, que promoveu extinção das DIRs.
Entre as iniciativas estão a confecção de um boletim informativo para convocar a população ao movimento contrário à extinção das DIR`s; a realização de um ato público durante as comemorações do dia Mundial da Saúde; uma audiência entre os deputados, entidades sociais e o Secretária Estadual de Saúde; e o envolvimento no movimento das Câmaras Municipais atingidas pela medida.
É lamentável que o governo do Estado tenha tomado a decisão na calada da noite sem comunicar a sociedade, e muito menos as prefeituras, que necessitavam do atendimento promovido pelas DIRs. Agora, as secretárias municipais de saúde de diversas cidades e seus usuários tentam se organizar para sanar, com imensa dificuldade, a ausência das Diretorias de Saúde, já que o Estado não discutiu um sistema alternativo, relata o deputado Marcos Martins.
Para Martins, apesar dos diversos problemas de estrutura e de atendimento, a DIR era um órgão importante na Vigilância Sanitária, na assistência farmacêutica, na aquisição de remédios de alto custo e na realização de exames de alta complexidade, como hemodiálise, para as cidades que não têm condições de prestar tais serviços aos usuários do sistema público de saúde municipal.
O Secretário de Saúde Jorge Harada, de Embu das Artes, um dos municípios atingidos pelo fechamento da DIR Osasco, também criticou o gesto do governo durante a audiência. Mas ele avalia que se houvesse um debate sobre o tema com a sociedade e os municípios, uma solução mais eficiente poderia acontecer.
As DIRs precisavam realmente de uma mudança para melhorar o atendimento precário, motivo de freqüentes de reclamações. E os municípios estavam interessados em discutir amplamente o tema. No entanto, o governo fez a mudança sem ao menos consultar a população, reclama Jorge Harada.