Crise econômica é tema de debate em Vargem Grande
No último sábado, 27, o deputado estadual Marcos Martins e o deputado federal João Paulo Cunha, ambos do PT, foram recebidos pelo prefeito de Vargem Grande Paulista, Roberto Rocha (PSB), para debater a crise econômica mundial seus efeitos e desafios. Os dois parlamentares fizeram uma avaliação das ações dos governos federal e estadual para enfrentamento da crise. Além dos deputados e do prefeito, participaram da atividade o vice-prefeito Prof. José Carlos Ricardo de Sousa (PMN), o vereador de Vargem Grande, Sidney dos Santos (conhecido como Ney), vereador de Ibiúna, professor Eduardo Anselmo, o coordenador de Convênios Marcelo Lopes, e o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Alex da Força, entre outras autoridades e militantes do PT local. Em São Paulo, o deputado Marcos Martins avalia que o governo José Serra tem investido pouco para conter a crise no estado mais rico da federação. Segundo o parlamentar paulista, as ações da gestão paulista têm dificultado a vida do cidadão nesse tempo de crise. Entre os percalços apontados pelo petista está o aumento da arrecadação tributária. De acordo com ele, a carga tributária bruta paulista, de 8,85% do PIB em 2005, não para de crescer e atingiu 9,77% em 2008, inclusive com ajuda de cada vez mais pedágios. Se dividida entre os habitantes do Estado, a carga tributária paulista representava, em 2005, R$ 1.821,85 para cada cidadão. Hoje já está em R$ 2.268,75 para cada. Os dados revelam a razão para o nível de emprego diminuir no estado de São Paulo. Com tantos recursos retirados da economia, cai o investimento privado e com ele também o número de postos de trabalho, salientou o deputado. O arrocho tributário imposto pelo governador tem reduzido o poder de compra da população e dificultado o investimento das micro e pequenas empresas, setores responsáveis pela geração de empregos, o que trava a economia estadual e atrapalha o desenvolvimento, pontuou. Para gerir a crise, o governo estadual só toma alguma atitude a reboque do governo federal. Somente quando o presidente Lula anuncia uma nova ação para combater a crise e amenizar o impacto sobre nosso país, é que o Serra tenta fazer o mesmo, destacou Marcos Martins. Enquanto Lula reduz impostos, Serra só pensa na eleição de 2010, complementa. O deputado federal João Paulo Cunha salientou a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis, materiais de construção, eletrodomésticos, além do PAC e o Programa Minha Casa, Minha Vida, como exemplo de ações positivas do governo federal para enfrentar a crise. O Brasil, a Rússia, a Índia e a China serão os únicos países a saírem dessa crise mais fortes do que quando entraram nela. No caso do Brasil, o presidente Lula procurou melhorar a vida da população para estimular a economia, disse João Paulo. Sindicalistas também se manifestaram quanto à crise. Segundo Alex da Força, existem dois projetos no país, um que quer combater a crise com desenvolvimento social, e outro que visa privatizar as estatais e capitar empréstimos internacionais.