Marcos Martins visita Santa Casa de Caraguatatuba
Convidados pelo Conselho Municipal de Saúde de Caraguatatuba e pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINTAPI CUT), o deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo, Marcos Martins (PT), e o deputado estadual, Luiz Moura (PT), visitaram a Santa Casa Stella Maris no município, no último dia 13, para conhecer as dependências do hospital e ouvir dos pacientes denúncias de superlotação e falhas nos serviços prestados. Acompanhados por José Rodrigues Cidreira e Luiz Gonzaga Ramos Coelho, diretores do SINTAPI, e de Joel da Silva, conselheiro de saúde, e recebidos pelo assessor administrativo da Santa Casa, Amauri Barboza de Toledo, os deputados caminharam pelo corredores do hospital, também maternidade, e constataram uma das reclamações dos pacientes, que é a demora no andamento da reforma da instituição, que ainda não chegou ao Pronto Socorro. Em uma das obras, visitadas pelos deputados, a Santa Casa paralisou, por falta de recursos, a construção de um anexo onde estava prevista a instalação do novo Pronto Socorro (PS) do Hospital. Neste novo prédio seria abrigado o novo PS ou leitos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). É uma obra que conta com recursos da Santa Casa e do Governo Estadual. Mas a construção está paralisada porque os recursos acabaram. Estamos estudando mudar o projeto e adequá-lo para que melhore o atendimento para a população, como a instalação de leitos de UTI, justificou Amauri Barboza. Hoje, a Santa Casa possui 480 funcionários e um corpo médico que conta com 70 a 100 profissionais. Em média, segundo dados do hospital, são feitos 10 mil atendimentos por mês. Único hospital de pronto atendimento que recebe pacientes do SUS na cidade (cerca de 85% do total), a entidade dispõe de 174 leitos e conta com repasse da Prefeitura de Caraguatatuba para realização dos atendimentos. Os membros do conselho e do sindicato reclamaram de erros médicos. Para Amauri Barboza, a superlotação e a dificuldade na contratação de médicos ocasionam os possíveis erros. Não é fácil atender de 500 a 600 pacientes por dia, cerca de 10 mil pacientes por mês aqui na Santa Casa. É um número muito elevado. Além disso, temos dificuldade de contratar médicos aqui no litoral, já que o reajuste na remuneração dos profissionais, feito pela Prefeitura, não existe há mais de 3 anos, alegou o assessor administrativo. Para Amauri Barboza e membros do sindicato e do conselho de saúde, a resposta para o excesso na lotação esta na decisão da Prefeitura em acelerar a construção de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), já previstas no conograma de obras da cidade. Caminhamos pelo hospital e percebemos que a maternidade é moderna e muito confortável. Diferente do PS que precisa ser reformado, e Amauri [Barboza] nos garantiu que isto deve acontecer. Quanto aos atendimentos, percebemos que há uma procura muito grande e que isto leva à superlotação. É preciso que a Secretaria de Saúde dê um suporte maior para a Santa Casa concluindo as duas UPAs, relatou o deputado Marcos Martins. Na avaliação dos deputados, é preciso um esforço conjunto entre o município, Governo do Estado e Governo Federal para melhorar o atendimento da saúde de Caraguatatuba. Vamos, agora, produzir um relatório a partir das observações que fizemos e dos documentos que nos foram enviados pelo Conselho de Saúde. Após a conclusão, encaminharemos para a Secretaria de Saúde da cidade e do Estado e para o Ministério da Saúde, com o intuito de que esses órgãos estabeleçam ação conjunta que resulte na melhoria do atendimento da Santa Casa. Vamos, aliás, cobrar para que cada um faça a sua parte: o município e a União concluam as UPAs e o Governo Estadual ajude a Santa Casa no término da obra que abrigará o novo PS, salientou o presidente da Comissão de Saúde.