Dia Mundial da Saúde é celebrado com audiência na Assembleia
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo, presidida pelo deputado Marcos Martins, realizou nesta terça (10/4), audiência pública sobre a Campanha da Fraternidade 2012 Fraternidade e Saúde Pública. A proposta do debate partiu dos deputados do PT, Edinho Silva e Gerson Bittencourt, membros da Comissão, e também foi uma forma de ser celebrado o Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril.
Como convidados, a Irmã Monique Bourget, da Comunidade Santa Marcelina e o bispo emérito de São Miguel Paulista, Dom Fernando Legal.
Dom Fernando Legal agradeceu a iniciativa dos deputados e explicou que os temas da campanha, sempre de grande relevância para a vida das pessoas, são transmitidos com muita simplicidade para que a população assimile e entende sua importância. Este ano, a campanha dedicou-se ao lema Que a Saúde se difunda sobre a Terra e ressalta o SUS (Sistema Único de Saúde), inspirado no princípio da universalidade.
Irmã Monique apresentou os objetivos da Campanha da Fraternidade, como uma provocação à sociedade para refletir sobre os vários aspectos da nossa saúde. A campanha nos estimula a nos questionar, primeiramente, de como vivemos a nossa vida, como estão os nossos hábitos e quanto respeitamos o nosso corpo e o ambiente em que nos movimentamos e vivemos, afirmou Bourget.
A religiosa também destacou tudo que foi conquistado nos últimos anos, com a implementação do SUS e traçou os desafios que ainda temos pela frente. Segundo ela, há muito ainda que se fazer em termos de diminuir a mortalidade infantil e doenças como Aids, hanseníase, malária e tuberculose, além de garantir tratamento integral para doenças crônicas, como diabetes e pressão alta.
Consolidação do SUS no país
O deputado Edinho Silva destacou que o SUS é a prestação de serviço mais democrática que existe e que a construção do sistema tem que ser o compromisso de todos que querem o direito à saúde de forma universal.
Os deputados Enio Tatto, Gerson Bittencourt e Adriano Diogo também destacaram a importância do SUS no país e enfatizaram que os desafios propostos pela Campanha da Fraternidade não podem se encerrar com final da Quaresma, o tema tem que continuar a ser debatido.
Ato Unificado do Dia Mundial da Saúde
Também nesta terça-feira (10/4), movimentos e entidades sociais, usuários e trabalhadores da saúde realizaram um Ato Unificado do Dia Mundial da Saúde na Praça da Sé, na Capital.
Em carta aberta à população de São Paulo, os ativistas denunciam o processo de privatização por qual passa a saúde na cidade e no Estado de São Paulo.
Em São Paulo, os governos Municipal e Estadual têm privatizado a Saúde entregando a administração dos serviços públicos para empresas privadas que apenas visam o lucro, reforçando um modelo centrado na doença e não na prevenção e promoção da saúde, diz o documento. A carta ainda fala sobre as condições precárias das unidades públicas de saúde, com arrocho salarial dos funcionários e contratações sem realização de concurso público.