Marcos Martins acompanha ‘caso Lonaflex’
Uma empresa pode mudar de nome ou atividade, no entanto, a responsabilidade e o zelo com seus trabalhadores deve continuar a existir, em alguns casos, mesmo que esta pessoa não realize mais serviços à empresa. É o caso das grandes indústrias que utilizavam amianto, substância tóxica e muito danosa à saúde, na fabricação de seus produtos.
Quem vive a algum tempo na cidade de Osasco provavelmente lembra-se da Lonaflex, indústria de pastilhas e freios que em 1994 finalizou suas atividades em Osasco para começar em outra cidade, com outro nome.
Quem trabalhou em contato com o amianto nesta e em outras empresas deve regularmente fazer exames para ver se não foram desenvolvidas doenças como asbestose, câncer de pulmão mesotelioma ou placas pleurais, causadas pelo amianto.
O deputado Marcos Martins, autor da lei 12.684/07, que bane o uso do amianto no estado de São Paulo, trabalha ao lado de sindicatos, instituições e orgãos fiscalizadores da saúde dos trabalhadores a fim de verificar se as determinações que proíbem a substância vêm sendo cumpridas e se as empresas estão realizando exames periódicos em seus antigos trabalhadores. Estas doenças podem demorar décadas para se manifestarem.
Por algum tempo os trabalhadores da Lonaflex, hoje chamada Randon e atuando em Caxias do Sul (RS), não encontraram suporte da empresa para realização de exames.
Marcos Martins reuniu-se, na quarta-feira, 05/06, com a auditora fiscal do Ministério do Trabalho, Fernanda Giannasi; com o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Carlos Aparício Clemente; com representantes da ABREA (Associação Brasileira de Expostos ao Amianto); com o advogado da antiga Lonaflex, Carlos de Castro e com o médico do trabalho da empresa, Marcos Rutsatz e com membros da RENAST (Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador), a fim de informar-se sobre o encaminhamento do caso Lonaflex, sobre a busca e realização de exames nos antigos trabalhadores da empresa e também para cobrar ao médico da empresa que os exames sejam feitos com o máximo de qualidade e rigor possíveis.