Eternit é condenada a pagar indenização de R$ 1 milhão a família de ex-funcionário
O Tribunal Superior do Trabalho condenou nesta quarta-feira (7/5) a Eternit a indenizar em R$ 1 milhão por danos morais a família de um ex-engenheiro de produção da fábrica da empresa em Osasco, São Paulo, morto em 2005 por mesotelioma, câncer relacionado à exposição ao amianto, fibra considerada cancerígena. É a maior indenização por danos morais já determinada pela última instância da Justiça do Trabalho num caso de contaminação por amianto.
Cabe recurso à decisão, mas com poucas chances, segundo o advogado da família, Gustavo Ramos. Para ele, seria apenas protelatória:
– O Supremo não aprecia valores de indenização. Não há dispositivo constitucional sobre o assunto. Seria um recurso exclusivamente protelatório.
Segundo Ramos, é a primeira vez também que o TST aumenta uma indenização arbitrada por uma instância inferior. A indenização fixada antes era de R$ 600 mil.
O engenheiro trabalhou de 1964 a 1967 na fábrica , no controle de qualidade.
Segundo a reportagem de O GLOBO, a Eternit foi procurada mas ainda não se pronunciou sobre o assunto.