Brasileiros que lutam contra o amianto acompanham julgamento na Itália

Crédito: Assessoria/MM

Na próxima quarta-feira (19), acontece, em Roma, o julgamento em última instância do bilionário suíço Stephan Schmidheiny, cuja família fundou a Eternit suíça, responsável durante muitos anos pela fabricação de produtos utilizando o amianto, material extremamente cancerígeno. Condenado em primeira instância a 16 anos de prisão, Schmidheiny apelou e teve sua pena ampliada para 18 anos, em 2013, e agora será julgado na instância máxima da corte italiana.
Integrantes da ABREA, vítimas do amianto ou seus familiares, advogados, médicos e o deputado estadual Marcos Martins (PT-SP) são alguns dos integrantes da delegação que vai à Roma para o julgamento.
Com fábricas espalhadas pelo mundo, a empresa disseminou o uso do mineral, contaminando e matando trabalhadores de vários países. Cientes dos males causados por sua matéria prima, os donos da Eternit venderam a empresa antes que pudessem ser julgados por seus crimes, deixando um enorme passivo social, trabalhista e ambiental. Antes do resultado do primeiro julgamento, em 2012, um dos sócios, o belga Jean Louis Marie de Marchienne faleceu, sem nunca ter sido condenado. Agora toda a atenção está voltada para Schmidheiny e o julgamento em Roma, que pode inclusive influenciar nos processos que correm no Brasil.
Embora o uso do amianto já esteja proibido em 66 países, o Brasil só possui leis municipais ou estaduais regulamentando o seu uso. “Lutamos há 19 anos para banir o amianto, mas o lobby aqui no Brasil ainda é muito forte e hoje temos a proibição apenas em alguns estados” afirma o deputado estadual Marcos Martins, autor da lei que proíbe o uso do amianto no estado de São Paulo. Além de São Paulo, apenas o Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul proibiram o uso do produto.
Além disso, também no Brasil, diversos processos se arrastam contra as unidades da Eternit e outras empresas que utilizam ou utilizaram o amianto. “O resultado deste julgamento na Itália pode nos ajudar a garantir os direitos dos trabalhadores e famílias que foram lesados por seus contratantes”, lembra Martins. Além do processo na corte de Roma, a delegação brasileira na Itália deve participar da Jornada Mundial das Vítimas do Amianto, na cidade de Casale Monferrato, que abrigou durante muitos anos a maior fábrica da Eternit.

Na próxima quarta-feira (19), acontece, em Roma, o julgamento em última instância do bilionário suíço Stephan Schmidheiny, cuja família fundou a Eternit suíça, responsável durante muitos anos pela fabricação de produtos utilizando o amianto, material extremamente cancerígeno. Condenado em primeira instância a 16 anos de prisão, Schmidheiny apelou e teve sua pena ampliada para 18 anos, em 2013, e agora será julgado na instância máxima da corte italiana.

Integrantes da ABREA, vítimas do amianto ou seus familiares, advogados, médicos e o deputado estadual Marcos Martins (PT-SP) são alguns dos integrantes da delegação que vai à Roma para o julgamento.

Com fábricas espalhadas pelo mundo, a empresa disseminou o uso do mineral, contaminando e matando trabalhadores de vários países. Cientes dos males causados por sua matéria prima, os donos da Eternit venderam a empresa antes que pudessem ser julgados por seus crimes, deixando um enorme passivo social, trabalhista e ambiental. Antes do resultado do primeiro julgamento, em 2012, um dos sócios, o belga Jean Louis Marie de Marchienne faleceu, sem nunca ter sido condenado. Agora toda a atenção está voltada para Schmidheiny e o julgamento em Roma, que pode inclusive influenciar nos processos que correm no Brasil.

Embora o uso do amianto já esteja proibido em 66 países, o Brasil só possui leis municipais ou estaduais regulamentando o seu uso. “Lutamos há 19 anos para banir o amianto, mas o lobby aqui no Brasil ainda é muito forte e hoje temos a proibição apenas em alguns estados” afirma o deputado estadual Marcos Martins, autor da lei que proíbe o uso do amianto no estado de São Paulo. Além de São Paulo, apenas o Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul proibiram o uso do produto.

Além disso, também no Brasil, diversos processos se arrastam contra as unidades da Eternit e outras empresas que utilizam ou utilizaram o amianto. “O resultado deste julgamento na Itália pode nos ajudar a garantir os direitos dos trabalhadores e famílias que foram lesados por seus contratantes”, lembra Martins. Além do processo na corte de Roma, a delegação brasileira na Itália deve participar da Jornada Mundial das Vítimas do Amianto, na cidade de Casale Monferrato, que abrigou durante muitos anos a maior fábrica da Eternit.