Artigo: Blocos marcam o ressurgimento do carnaval de rua em São Paulo
Além do número crescente de turistas que optam pelos municípios do estado como destino para a folia, moradores, inclusive da capital, têm permanecido em suas cidades para as tradicionais festas de rua
O sucesso e a adesão da população paulista aos blocos de rua antes, durante e depois do carnaval cresce a cada ano. Ao invés dos famosos desfiles das escolas de samba nas avenidas ou os bailes de salão, as festas que têm embalado o folião paulista têm sido os tradicionais blocos de rua, que estavam praticamente esquecidos e voltaram com fôlego total.
Não só em cidades grandes como São Paulo, Osasco, Campinas, Santos e São José dos Campos é que os foliões tomam as ruas. São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, por exemplo, tem alguns dos blocos mais concorridos do carnaval em todo o estado. Na pequena Monteiro Lobato, encravada na Serra da Mantiqueira, blocos remetem ao Sítio do Pica-Pau Amarelo e animam a criançada.
Para promover uma política permanente do samba e reafirmar a imagem do carnaval de rua na capital, neste ano, a Prefeitura de São Paulo coordena a folia até o dia 14 de fevereiro. Devido a grande adesão da população às festividades em 2015, neste ano o evento contará com 355 blocos de rua, 35% a mais que no ano passado. De acordo com o Observatório de Turismo e Eventos da cidade, a estimativa é que o carnaval movimente aproximadamente R$ 278,6 milhões com gastos dos foliões. No último final de semana (29 e 30), mais de 110 mil pessoas foram às ruas atrás dos 147 blocos que tomaram conta da maior cidade do país.
O aumento dos blocos de rua, o crescimento destas manifestações culturais nas diversas regiões do estado e o apoio das prefeituras municipais fortalecem, cada vez mais, esta que é a maior festa brasileira e uma das mais animadas do mundo. Apoiar os blocos de rua, além de muito divertido, é apoiar a cultura brasileira e fortalecer o turismo nas cidades.
Marcos Martins, deputado estadual (PT)