CPI da Merenda termina com muitas perguntas e poucas respostas
Fruto das manifestações que marcaram os anos de 2015 e 2016 e das denúncias relacionadas a merenda escolar divulgadas pela Operação Alba Branca da Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público (MP), a CPI da Merenda Escolar foi aberta formalmente, no dia 25/5/2016, na ALESP.
A partir daí, após instalação e composição da CPI, as denúncias iniciais que atingiram “em cheio” quadros do governo estadual, foram aparentemente neutralizadas ou minimizadas.
Com apenas um deputado de oposição na comissão, a bancada da minoria procurou respostas sobre as denúncias feitas (propinas, desvios, superfaturamento). Foram protocoladas solicitações de documentos e oitivas sobre os possíveis crimes e pessoas a serem investigados, porém sem ter muito sucesso.
Acompanhando o tema desde o início, o deputado estadual Marcos Martins destacou que: “nossa bancada apresentou relatório paralelo ao governista, pois muitas questões ficaram sem respostas. É necessário aprofundar a investigação sobre os danos causados e a possível participação de servidores e quadros políticos no esquema”.
Na quarta-feira, 14/12/2016, com pouco mais de 6 meses de existência, a CPI da Merenda Escolar realizou sua última sessão, marcada por protestos e revolta de estudantes e professores presentes na Casa.
Segundo relatório apresentado por deputados governistas, nenhum parlamentar será investigado e não houve danos aos cofres públicos. Já o relatório paralelo cita prejuízo de R$ 8,2 milhões aos cofres públicos, bem como possível envolvimento de servidores e parlamentares.