Déficit habitacional e qualidade de vida
Apesar da casa própria representar o grande sonho de dez entre dez chefes de família que por terem pouca ou nenhuma renda apelam para o aluguel, o favor ou a vida em favelas, o setor da habitação nunca foi muito forte nos projetos de políticas sociais no Brasil. Exceto por programas isolados e de alcance limitado (e, na maioria das vezes, mais marketing que combate efetivo ao problema), o crescimento desordenado consolidou o déficit habitacional como um dos mais sérios problemas das grandes cidades e regiões metropolitanas.
Osasco, com seus quase 700 mil habitantes (segundo o IBGE), não vive uma realidade diferente. O povo da nossa cidade, que tem um dos maiores índices de densidade demográfica do Estado, ultrapassando dez mil habitantes por quilômetro quadrado, é uma vítima da expansão acelerada das favelas, da precarização das moradias e, como resultado, da queda da qualidade de vida.
Aqui, o problema é agravado pelo imobilismo da Administração quanto à questão. Sem uma política habitacional, a ação da Prefeitura resultou, na melhor das hipóteses, apenas no assentamento caótico e carente de infra-estrutura nas áreas de periferia, com expansão de favelas e áreas livres com precárias condições de moradia.
O governo Lula enxergou essa situação e tem procurado incluir a moradia entre os itens prioritários de seu programa social. Prova disso é a presença cada vez mais ativa e próxima da comunidade da Caixa Econômica Federal, o principal veículo governamental no financiamento de programas habitacionais no país.
Esse empenho fica evidente em Osasco. Com apoio do presidente da Câmara, João Paulo Cunha, e do deputado estadual Emídio de Souza, através da CEF, cada vez mais o governo tem destinado recursos e programas para o nosso município. Há de se ressaltar que, para que esse esforço dê resultados, é preciso o empenho também da Prefeitura, que já está sendo cobrada pelos vereadores e pela população.
Enfim, temos novos horizontes na busca por soluções para o déficit habitacional. É reconfortante constatar essa realidade, que mostra outra característica fundamental da nova forma de governar o país: a preocupação constante com a qualidade de vida dos cidadãos, que é em essência o objetivo final até mesmo de programas emergenciais como o Fome Zero, Primeiro Emprego, entre outros. Trata-se de colocar o cidadão em primeiro lugar, isso sim um impulso verdadeiro na promoção da cidadania.