A situação atual da mulher brasileira
As mulheres são 43,9% do mercado de trabalho, no entanto ainda trabalham entre 22 a 90 horas semanais, devido à dupla jornada, que soma a atividade doméstica à remunerada. Elas são maior número no setor serviço. São professoras, bancárias, comerciarias, cabeleireiras, manicuras, funcionárias públicas, e predominam no serviço doméstico remunerado – primeira ocupação da mulher brasileira. Entre as domésticas, 56% são negras e têm menor rendimento.
Um estudo da Fundação Seade, realizado na Grande São Paulo, aponta que na década de 90 piorou a situação econômica da mulher chefe de família. O rendimento per capita dessas famílias caiu 25,2% entre os biênios 1988/89 e 2000/01.
Em média, as mulheres brancas recebem 40% menos do que os homens para o mesmo trabalho e as negras chegam a receber 60% menos. A desigualdade torna as mulheres mais vulneráveis à violência doméstica, à precária atenção pré-natal, às altas taxas de mortalidade materna e ao aumento da contaminação por HIV.
No Brasil, a cada 4 minutos uma mulher é agredida fisicamente. Nos serviços de saúde ela ainda não consegue o atendimento adequado e integral, em especial em relação às doenças que podem ser prevenidas, como o câncer de colo e de mama.
Segundo o Seade, 51,7% da população do Estado de São Paulo é formado por mulheres. Por isso é importante que elas aumentem a participação política. A mulher é vital para decidir os rumos de Osasco, pela construção de uma cidade melhor.
Para reverter este quadro em Osasco, é preciso que se criem políticas públicas de gênero e mais oportunidades para a mulher. Este é um dos grandes desafios do legislativo municipal. O movimento feminino reivindica, desde a década de 80, que os governos elaborem políticas públicas com foco na mulher cidadã.
Uma das maiores dificuldades em Osasco é a falta de vagas nas creches, que desfavorece a mulher que trabalha fora. Outra questão é a grave falta de equipamentos de exames femininos nas unidades de saúde – há apenas um mamógrafo para prestar atendimento em toda a rede municipal de saúde.
No meu próximo mandato, continuarei lutando pelo estabelecimento de políticas públicas para a geração de trabalho e renda; remanejamento dos horários de atendimento das creches, incluindo horário integral para a mãe que trabalha e pela instalação de mais equipamentos de exames femininos nos postos de saúde e no hospital municipal. Também estão entre minhas propostas medidas que garantam à mulher a propriedade do imóvel e medidas de combate à violência.