As instituições bancárias e a ação social

Duas áreas de atuação prioritárias do governo Lula trouxeram benefícios marcantes no combate à miséria e em favor da inclusão social: a ampliação dos programas sociais e a oferta crescente do micro-crédito, com os juros cada vez mais reduzidos diante de uma economia cada vez mais sólida. Juntas, as duas frentes de ação permitiram, por um lado, que milhões de famílias carentes passassem a ter condições de colocar alimento à mesa, e, por outro, que milhares de aposentados, trabalhadores e pequenos empreendedores iniciassem seus negócios ou rompessem o círculo vicioso e escorchante dos juros do cheque especial.

O resultado dessa equação fez-se e ainda faz-se sentir no reaquecimento da economia interna. Além disso, reforçou o papel de agentes sociais desempenhado pelas instituições bancárias responsáveis pelo gerenciamento dos programas do Governo Federal, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

É neste contexto que revela-se da maior importância a inauguração, na semana passada, do novo prédio da Caixa Econômica Federal em Osasco, que amplia as instalações de atendimento à população e concentra, num mesmo espaço, o atendimento administrativo e a gestão de projetos e financiamentos na região. Desde 2003 tenho estado pessoalmente empenhado em negociações com a CEF para ampliação de sua rede em Osasco. Foi uma grande vitória o anúncio da instituição, ainda em 2003, da criação de mais agências na cidade.

Mas não é apenas no acesso mais fácil aos projetos sociais para a população que se verifica benefícios. A ampliação dos postos de trabalho – diretos, para bancários, e indiretos, no crescimento econômico – também deve ser contabilizada neste processo de expansão da rede, restando-nos ter em foco, a partir daí, a luta pela proteção aos direitos desses bancários, para que não haja sobrecarga e que sejam respeitados parâmetros ideais de qualidade de atendimento.

Com a questão da CEF já bastante avançada em Osasco, agora precisamos nos fixar em novos desafios. Há de se buscar ampliação da rede em toda a região Oeste e no Interior, fazendo mais forte a presença do Governo Federal e o apoio ao exercício da cidadania.

Além disso, há outra instituição bancária que requer atenção: a Nossa Caixa. Responsável pelo fomento de projetos, posto de recebimentos relativos aos serviços públicos estaduais e operadora dos programas sociais e financiamentos destinados aos municípios, a Nossa Caixa é, por sua vez, o representante no Governo do Estado nas cidades. E uma medida de quão incipiente ainda é esta presença é o reduzido número de agências em toda a região Oeste: no máximo duas, independente do tamanho do município.

A inauguração do prédio da nova agência de Osasco, com estrutura de atendimento aperfeiçoada e acesso facilitado à população, ajuda a revigorar a discussão sobre a importância da ampliação da presença dessa instituição em todos os municípios, uma luta que encampo desde que atuava como vereador. Uma discussão essencial não apenas pelo benefício direto aos usuários, mas também no que se refere à busca pela abertura de novos postos de trabalho e, principalmente, no fomento e apoio aos projetos de desenvolvimento e integração regional.