Artigo: Luta contra o mercúrio já abrange todo país
Desde o início de minha trajetória política, a luta pela saúde dos trabalhadores e da sociedade é uma das minhas principais bandeiras. Após o banimento do amianto, conquista de grande reconhecimento dentro e fora do país, foi a vez da Associação dos Expostos e Intoxicados por Mercúrio Metálico (AEIMM) me procurar pedindo apoio na luta contra o mercúrio, metal altamente prejudicial à saúde.
Em 2014, a lei 15.313, de minha autoria, foi sancionada, proibindo o uso, armazenamento e reparo de instrumentos de medição contendo mercúrio no estado de São Paulo, como os medidores de pressão, e o termômetro. Na época, demos um grande passo pela saúde do trabalhador, mas ainda tínhamos e temos uma forte indústria que faz uso indiscriminado do mercúrio, responsável pela morte de milhares de trabalhadores contaminados.
Felizmente, no início desta semana, recebi a notícia de que a partir de 2019, a fabricação, importação e comercialização dos termômetros e medidores de pressão que contenham mercúrio serão proibidos no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Tal medida é resultado da Convenção de Minamata, assinada pelo Brasil e mais 140 países, ainda em 2013. Essa Convenção tem o objetivo eliminar o uso do mercúrio de diversos produtos, como os equipamentos de saúde, além de pilhas e lâmpadas, até 2020.
O mercúrio pode ser absorvido pelo corpo através da inalação e contato com a pele. Seus efeitos são muito prejudiciais para a saúde da população, como bronquite, edema pulmonar, lesão renal, convulsão, síndrome nefrótica, insuficiência renal, lesões na pele, coma e até a morte. Aos poucos, as medidas contra o mercúrio vão avançando. Mesmo assim, devemos ficar atentos às leis e ao cumprimento das mesmas. Quando o assunto é um elemento tão nocivo à nossa saúde, todo cuidado é pouco e toda medida deve ser realmente eficaz!
Marcos Martins, deputado estadual