A luta para barrar as reformas de Temer continua
A luta contra as reformas de Michel Temer ganhou força neste 15 de março de 2017. Com atividades em diversas cidades e em todas as capitais do país, as mobilizações lideradas pelas frentes “Povo Sem Medo” e “Brasil Popular” levaram mais de um milhão de pessoas às ruas.
Os protestos tiveram como centro a campanha contra as propostas de reforma previdenciária e trabalhista movidas pela base governista na Câmara dos Deputados. Uma das principais preocupações dos manifestantes está na proposta que indica a alteração da idade mínima de aposentadoria. Em especial para mulheres.
A PEC 287 (Reforma da Previdência), apresentada ao Congresso Nacional pelo governo Temer propõe uma reforma da Previdência, com profundas alterações nas aposentadorias, reduzindo e retirando direitos de todos os trabalhadores da iniciativa privada e do setor público.
Neste sentido, as principais alterações são a extinção da aposentadoria por tempo de contribuição; a instituição da idade mínima única para aposentadoria aos 65 anos para todos os trabalhadores; e a desvinculação dos benefícios e pensões do salário mínimo – e consequentemente dos seus reajustes.
Por outro lado, o PL 6.787 de 2016 (Reforma Trabalhista), busca retirar direitos garantidos pela CLT e leis correlatas, a partir do aprofundamento de medidas voltadas para terceirização e rebaixamento da legislação ante negociações coletivas, permitindo que acordos coletivos se sobreponham as leis trabalhistas atuais.
Presente nas mobilizações feitas na cidade de Osasco e na Avenida Paulista, na capital paulista, neste dia 15 de março de 2017, o deputado estadual Marcos Martins, elogiou a mobilização nacional, declarou seu apoio e disse que a luta deve continuar.
“O golpe não foi contra o PT e Dilma Rousseff, o golpe é contra a população. Não podemos admitir a retirada de direitos previdenciários e trabalhistas conquistados. Continuaremos lutando até a rejeição total do Congresso Nacional dessas duas propostas infames” declarou Marcos Martins.
Calcula-se que somente na Avenida Paulista estiveram presentes aproximadamente 400.000 pessoas.