Mobilização nacional revela rejeição absoluta da população às reformas propostas pelo presidente em exercício

 

Na semana que antecede o dia 28 de abril, trabalhadores de diversas categorias, aposentados, movimentos sindicais, sociais, populares e a sociedade civil como um todo têm demonstrado clara e publicamente seu apoio à greve geral prevista para esta sexta-feira. A paralisação convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, tem âmbito nacional em oposição ao desmonte da previdência e a perda de direitos trabalhistas propostos pelo governo Temer.

A adesão da população, especialmente de alguns segmentos que até então tinham pouca ou nenhuma experiência de articulação e luta acumulada, dão indícios de que a paralisação do dia 28 deve mesmo ser de grandes proporções. Tamanha mobilização se deve fundamentalmente ao descontentamento da população brasileira com a ampliação recente da terceirização e as propostas das reformas da Previdência e Trabalhista, em trâmite nesta e nas próximas semanas.

É claro que não podemos deixar de lembrar o importante papel de sindicatos; centrais sindicais e movimentos sociais que, nas últimas semanas, têm se dedicado intensa e ardorosamente a um trabalho de conscientização e mobilização popular que culminou com a confirmação de várias categorias no movimento. Felizmente, agora todos nós já sabemos o que está em jogo: a precarização das relações trabalhistas; desvalorização do trabalhador e do seu salário; desmonte da previdência, que deve ser praticamente extinta; além do consequente desemprego. Uma dúvida, no entanto, ainda paira no ar: será que conseguiremos reverter tamanho descalabro?

A resposta pode não parecer animadora, já que a política é uma ciência em movimento, em que não há certezas, apenas tensões. É possível afirmar que podemos ter sucesso desde que a sociedade esteja organizada, mobilizada e ativa, independente de revezes ou supostos fracassos. Esta certamente não será uma disputa fácil, até porque a defesa de direitos sociais e trabalhistas nunca foi. Vamos adiantar a luta do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, já que o engajamento dos trabalhadores nesta greve é essencial para frearmos estas medidas inescrupulosas no Congresso e desmascarar um governo elitista e ilegítimo.

A classe trabalhadora tem uma longa história de lutas e chegou a hora de vestirmos a mesma camisa, lutarmos por nós, nossos semelhantes e pelas gerações futuras. No dia 28/4, nos vemos na Avenida Paulista!

Marcos Martins, deputado estadual