Marcos Martins pede rejeição das contas de Alckmin
Com o ano de 2017 quase terminado, a base de apoio do Governador Geraldo Alckmin na ALESP tenta aprovar suas contas e a proposta para o orçamento 2018 a qualquer custo. Em um verdadeiro festival de chantagens e manipulações, o governo tenta condicionar seus objetivos à aprovação de emendas parlamentares e importantes projetos de interesse da população.
A exemplo de Michel Temer – no plano federal Alckmin aprovou o congelamento de investimento em áreas sociais por 2 anos (PL 920/2017) no Estado de São Paulo, prometendo como contrapartida aos seus apoiadores a liberação de volumosos recursos através de emendas parlamentares.
Seguindo sua estratégia chantagista, o governador chegou a condicionar a aprovação do PLC 33 (sobre a situação dos professores categoria “O”). Tal projeto tratava justamente do escandaloso período de desincompatibilização conhecido como “duzentena”, que virou “quarentena”, daqueles mais de 30 mil docentes precários que o governo estadual insiste em não-contratar de forma definitiva, através de concursos. Entre outras questões, o PLC 33 também determinava a inclusão desses profissionais no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE).
Acompanhando a “novela do orçamento na Alesp”, o Deputado Estadual Marcos Martins indica a necessidade de rejeição das contas devido um grande número de irregularidades praticadas pelo governo. O relatório apresentado pela bancada do PT, menciona observações do Tribunal de Contas do Estado que mostram a falta de transparência nos incentivos fiscais concedidos a empresas de diversos setores, que totalizam R$ 13 bilhões.
Neste sentido, às vésperas do Natal, as votações das contas do governador de 2016 e do orçamento de 2018 seguem sendo obstruídas, com o objetivo de pressionar pela aprovação de criação de uma CPI para investigar tais irregularidades em contratos celebrados pelo governo Alckmin, fatos somados às denúncias feitas durante essa semana pela Odebrecht e Camargo Corrêa, em acordo de leniência com o CADE.